A operação de venda da Reman havia sido contestada em maio deste ano pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás (Anapetro) e Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM).
Por Redação, com ACS - de Manaus
A Unidade U2111 da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, está paralisada desde o início desta semana por falta de petróleo. A interrupção ocorre menos de um mês depois da aprovação da venda da refinaria para o Grupo Atem pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Parte da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, está paralisada desde o início desta semana
A operação de venda da Reman havia sido contestada em maio deste ano pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás (Anapetro) e Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM), com a justificativa de que a privatização geraria monopólio na região e risco de desabastecimento.
Capacidade
— A parada por desabastecimento é prova da incompetência da atual gestão da Reman, além de ser mais uma consequência da venda da refinaria para o setor privado, comprovando os alertas feitos por nós ao longo dos últimos meses — afirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
A refinaria, que opera desde 2000 com capacidade de processamento de 7,3 milhões de litros de petróleo por dia — o equivalente a 46 mil barris a cada 24 horas —, já se encontrava com a unidade UFCC paralisada. Com isso, apenas 3,4 mil barris/dia (7,4% da capacidade total) estavam sendo produzidos.