Rio de Janeiro, 23 de Julho de 2025

Reconhecimento da Palestina é questão moral, diz Macron

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Sexta, 30 de Maio de 2025 às 12:10, por: CdB

Ele disse que os europeus devem “endurecer a posição coletiva” contra Israel “se não houver uma resposta à altura da situação humanitária que se apresenta nas próximas horas e nos próximos dias” na Faixa de Gaza.

Por Redação, com Lusa – de Singapura

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta sexta-feira em Singapura, onde participa de fórum sobre segurança e defesa, que o reconhecimento de um Estado palestino “não é apenas um dever moral, mas uma exigência política”.

Reconhecimento da Palestina é questão moral, diz Macron | Presidente da França defende posição coletiva da Europa
Presidente da França defende posição coletiva da Europa

Em entrevista coletiva, ele disse que os europeus devem “endurecer a posição coletiva” contra Israel “se não houver uma resposta à altura da situação humanitária que se apresenta nas próximas horas e nos próximos dias” na Faixa de Gaza.

Nesse caso, a União Europeia (UE) deve aplicar as regras do bloco comunitário, “ou seja, pôr fim a processos que pressupõem o respeito pelos direitos humanos, o que não é o caso atual, e aplicar sanções”, afirmou o dirigente, referindo-se ao acordo de associação entre os 27 e Israel, que será reexaminado.

– Temos de endurecer a nossa posição porque hoje é uma necessidade, mas ainda tenho esperança que o governo de Israel mude a sua [posição] e que finalmente tenhamos uma resposta humanitária – acrescentou.

França

A França copreside com a Arábia Saudita, de 17 a 20 de junho, conferência internacional na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, sobre a chamada solução dos dois Estados, israelense e palestino.

Sem dizer claramente se reconhecerá o Estado da Palestina, Emmanuel Macron considerou que “a criação do Estado, sob certas condições “não é apenas um dever moral, mas uma exigência política”.

Macron enumerou as condições: “libertação dos reféns” detidos pelo Hamas; desmilitarização do movimento islâmico palestino; não participação do grupo na liderança de um futuro Estado; “reforma da Autoridade Palestina”, que gere a Cisjordânia ocupada; reconhecimento, pelo futuro Estado, de Israel e do “direito de viver em segurança”; e “criação de uma arquitetura de segurança em toda a região”.

– É isso que tentaremos consagrar num momento importante, em 18 de junho, e eu estarei lá – afirmou, sobre a conferência na ONU.

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