Uma vez lançadas, as bombas de fragmentação, também conhecidas como cluster bombs, liberam uma quantidade de projéteis ou fragmentos menores que se espalham sobre uma grande área, ampliando seu potencial destrutivo.
Por Redação, com Sputnik - de Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, avisou neste domingo que usará bombas de fragmentação na guerra da Ucrânia se Kiev utilizar munições desse tipo enviadas pelos EUA, em uma entrevista divulgado pela televisão estatal russa neste domingo.
— Gostaria de dizer que a Rússia tem reservas suficientes de vários tipos de munições de fragmentação — disse Putin em um videoclipe divulgado pela TV estatal russa.

Ele afirmou que não gostaria de usar esse recurso, "mas é claro que, se for usado contra nós, nos reservamos o direito de tomar medidas congruentes”. No início do mês, a Casa Branca anunciou que forneceria essas bombas à Ucrânia, atendendo a um pedido de Kiev. Na quinta-feira, o Pentágono disse que essas munições já haviam chegado à Ucrânia.
Alvos civis
Uma vez lançadas, as bombas de fragmentação, também conhecidas como cluster bombs, liberam uma quantidade de projéteis ou fragmentos menores que se espalham sobre uma grande área, ampliando seu potencial destrutivo.
Como nem toda submunição liberada após a explosão é detonada, entidades de defesa dos direitos humanos reprovam o uso desse tipo de arsenal, já que fragmentos "adormecidos" expõem civis a riscos mesmo quando já não há mais conflito militar numa região, tornando essas áreas verdadeiros campos-minados.
Por esse motivo, o uso desse tipo de armamento foi banido em tratado de 2008 assinado por 111 países – Rússia, Ucrânia e Estados Unidos, porém, não são signatários do acordo internacional. O Brasil, que fabrica essas bombas, também não é signatário.