No Congresso, recentemente, o governo Lula foi derrotado pelas forças da direita e da extrema direita e precisou aceitar o esvaziamento das pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. S Câmara dos Deputados, por sua vez, também aprovou um projeto de lei que estabelece o marco temporal para a demarcação de terras indígenas.
Por Redação - de Brasília
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen reuniu-se, nesta segunda-feira, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que os indígenas desempenham um papel determinante para que o Brasil se torne uma “superpotência verde”. Em meio às recentes derrotas do governo brasileiro na área ambiental, Von der Leyen reforçou o apoio da União Europeia à agenda ambiental e climática do presidente Lula.

Von der Leyen desembarcou em Brasília, nesta manhã, na escala inicial de uma viagem pela América Latina. Por e-mail, a executiva concedeu entrevista ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, ainda em Paris, pouco antes de embarcar. Nas respostas aos questionamentos do jornal, ela destacou a importância de proteger a Amazônia e as comunidades indígenas que vivem lá, incentivando todos os atores institucionais no Brasil a trabalharem juntos nesse sentido.
No Congresso, recentemente, o governo Lula foi derrotado pelas forças da direita e da extrema direita e precisou aceitar o esvaziamento das pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. S Câmara dos Deputados, por sua vez, também aprovou um projeto de lei que estabelece o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, o qual ainda precisa passar pelo Senado, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) debate sobre o tema.
Empenho
Von der Leyen, contudo, ressaltou que os indígenas têm um papel crucial na preservação e no uso sustentável da floresta, além de contribuírem para o desenvolvimento do potencial de superpotência verde do Brasil.
A questão ambiental também tem sido discutida no contexto do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que está atualmente travado. Lula expressou o desejo de selar o pacto este ano, e Von der Leyen reforçou seu empenho nesse sentido, ressaltando que o acordo vai além do aspecto comercial e trata de valores compartilhados, como a ação climática e o respeito pelos direitos trabalhistas.