As conversas entre o governo e a oposição venezuelana foram retomadas em 2021, após um longo processo de negociações anteriores que os levaram a reunir no México como país neutro. As conversações tiveram como país mediador o Reino da Noruega e os Países Baixos e Rússia como assistentes do processo.
Por Redação, com Sputnik - de Bogotá
O presidente da Colômbia, Iván Duque, assegurou em entrevista, no domingo, que retomar negociações com Venezuela seria "prolongar uma agonia".
O presidente da Colômbia, Iván Duque, assegurou em entrevista à agência EFE que a proposta norte-americana de retomar as negociações entre o governo da Venezuela e a oposição radical "é simplesmente prolongar uma agonia" porque, segundo ele, essas conversas "não têm fundamento ".
As declarações do presidente colombiano foram respondidas na segunda-feira pelo chanceler venezuelano Félix Plasencia, que rejeitou o tom de Duque sobre as negociações com seu país.
Tragédia humanitária
Para Plasencia, a beligerância do inquilino da Casa de Nariño deve-se a uma "obsessão compulsiva" pela Venezuela que "só pretende esconder os massacres, os deslocados e a tragédia humanitária que vive a Colômbia, um narco-Estado feito sob medida para o sr. Duke".
As conversas entre o governo e a oposição venezuelana foram retomadas em 2021, após um longo processo de negociações anteriores que os levaram a reunir no México como país neutro. As conversações tiveram como país mediador o Reino da Noruega e os Países Baixos e Rússia como assistentes do processo.
Esse processo, que conseguiu avançar em algumas questões, foi suspenso depois que a Justiça norte-americana extraditou o diplomata venezuelano Álex Saab, que havia sido nomeado por Caracas como membro titular da mesa de diálogo.
Para voltar às negociações, a Venezuela exigiu a liberdade de Saab, que foi detido e encarcerado em circunstâncias pouco claras no país africano de Cabo Verde, desde meados de 2020, a pedido dos EUA.