A ruptura, segundo o político, foi articulada por um arcebispo da Igreja Apostólica Armênia.
Por Redação, com CartaCapital – de Yerevan
O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, afirmou nesta quarta-feira que as forças de segurança impediram um suposto golpe de Estado, no qual estaria envolvido um arcebispo de oposição.

O eclesiástico da influente Igreja Apostólica Armênia, Bagrat Galstanian, liderou no ano passado um movimento de protesto que acusava o chefe de Governo armênio de ter cedido territórios ao vizinho Azerbaijão após uma guerra em 2023. Os assessores do religioso negaram as acusações.
– Os agentes das forças da segurança desmantelaram um plano sinistro em larga escala do ‘clero criminoso oligárquico’ para desestabilizar a república da Armênia e tomar o poder – escreveu Pashinyan no Telegram.
Segundo o Comitê de Investigação do país, Galstanian “adquiriu os meios e ferramentas necessárias para realizar atos terroristas e tomar o poder”.
Operações prosseguem nos domicílios do arcebispo e de quase 30 de seus associados, acrescentou a mesma fonte.
Armênia e Azerbaijão
O deputado Garnik Danielian, próximo ao arcebispo, rejeitou as acusações e denunciou as ações como características de “um regime ditatorial”.
Armênia e Azerbaijão, duas ex-repúblicas soviéticas do Cáucaso, travaram várias guerras desde a dissolução da União Soviética pelo controle de Karabakh, uma região do Azerbaijão que era habitada por uma maioria armênia.
O Azerbaijão tomou controle pleno da região em setembro de 2023, após uma ofensiva relâmpago contra os separatistas armênios de Karabakh.