O político foi preso preventivamente por suspeita de participação de esquema ligado ao STJ.
Por Redação, com CartaCapital – de Brasília
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), conseguiu obter a conversão de sua prisão preventiva em domiciliar após sofrer um infarto agudo do miocárdio. A medida foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, responsável pelos processos sobre o prefeito no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na terça-feira, Eduardo Siqueira foi submetido a um cateterismo de emergência com sucesso. “No momento, o paciente encontra-se estável, consciente e permanece na UTI desta unidade hospitalar”, disse o corpo médico responsável pelo prefeito, confirmando que ele deverá ser acompanhado nos próximos dias.
Sobre a prisão dele, a Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitou a realização de exames para verificar as condições de saúde. Frente ao episódio de saúde, o órgão também pediu informações à unidade prisional sobre a continuidade dos tratamentos médicos necessários.
Ao atender à solicitação da PGR, Zanin determinou a formação de uma junta médica oficial para avaliar o estado do prefeito. O grupo apontou para a “debilidade de saúde do investigado”.
O caso
Siqueira Campos foi preso preventivamente em 27 de junho, investigado por supostamente vazar informações sigilosas de inquéritos do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Polícia Federal obteve conversas do celular do prefeito que, segundo a investigação, demonstram que ele acompanhava investigações para repassar dados a aliados políticos.
Na época, o prefeito divulgou nota afirmando que a investigação não se referia ao mandato atual e que tudo seria esclarecido.”Neste momento, é importante prestar todos os esclarecimentos e manter preservadas a população de Palmas e a gestão municipal”, afirmou.