Segundo a Polícia Federal, a empresa instalou câmeras para ajudar os criminosos a monitorar a movimentação de policiais nessas comunidades. Em troca, a empresa teria conseguido o monopólio da exploração dos serviços de Internet nessas áreas.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
Policiais federais fizeram, nesta quinta-feira, uma operação contra empresa de Internet suspeita de se associar a criminosos que controlam a venda de drogas em comunidades de Angra dos Reis, no sul fluminense. A Operação Sem Mega cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Angra, Nilópolis (na Baixada Fluminense) e do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Federal, a empresa instalou câmeras para ajudar os criminosos a monitorar a movimentação de policiais nessas comunidades.
Em troca, a empresa teria conseguido o monopólio da exploração dos serviços de Internet nessas áreas. Para garantir isso, os criminosos retiravam e danificavam equipamentos das concorrentes.
Os alvos da operação desta quinta-feira são investigados pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e Internet clandestina. Os mandados foram expedidos pela Primeira Vara Criminal de Angra dos Reis.
O nome da operação é um trocadilho entre o pacote básico oferecido pela empresa investigada (uma internet com 100 megabits por segundo de velocidade) e o fato de que os moradores ficavam sem internet devido à retirada dos equipamentos de outras fornecedoras do serviço.
Operação Torniquete prende mulher que integrava milícia na Zona Oeste
Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) prenderam, na quarta-feira, uma integrante de uma milícia. Ela é apontada como responsável por expulsar e extorquir moradores de conjuntos habitacionais no município de Belford Roxo. A ação é parte da Operação Torniquete, do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), que combate roubos de veículos e cargas na Região Metropolitana.
Com base em informações do Setor de Inteligência e do Disque Denúncia, a equipe foi até o bairro das Graças, em Belford Roxo, onde localizaram e prenderam a acusada. Contra ela, foi cumprido mandado de prisão pelo crime de constituição de milícia privada, praticado em 2020.
De acordo com as investigações, a autora integrava a organização criminosa que dominava a Zona Oeste, liderada pelo criminoso Wellington da Silva Braga, o "Ecko". O grupo atuava expulsando moradores de um condomínio do “Minha Casa, Minha Vida”, assumindo suas unidades habitacionais em nome do grupo.
Os apartamentos dominados por milicianos eram revendidos por valores muito abaixo do mercado, enquanto os reais proprietários seguiam pagando suas prestações sem ter direito à posse do imóvel.