Mandados foram cumpridos em Três Lagoas para apurar suspeita de superfaturamento na oferta de refeições subsidiadas a estudantes.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira, a Operação Lucro Espúrio para investigar crimes de peculato e fraude em contratos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um no campus da UFMS em Três Lagoas/MS e outro na residência de um investigado no mesmo município.
A Polícia Federal iniciou investigação na segunda-feira após a UFMS comunicar indícios de fraude e desvio de recursos em contrato para fornecimento de refeições subsidiadas a estudantes em vulnerabilidade social.
Imagens do inquérito mostram que, mesmo após o fechamento do local, refeições eram registradas como entregues, indicando superfaturamento. Há também indícios de simulação diária da compra de mais de 100 refeições com carteirinhas estudantis.
Durante as buscas, foram apreendidos computadores, aparelhos celulares e um veículo.
Operação Mafiusi
Nesta sexta-feira, a Polícia Federal cumpre dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Indaiatuba/SP e Santana de Parnaíba/SP, expedidos pela 23ª Vara Federal de Curitiba/PR. Além disso, foram determinadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores em contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, totalizando aproximadamente R$ 31,5 milhões.
A ação é um desdobramento da Operação Mafiusi, deflagrada em 10 de dezembro de 2024, e decorre da análise do material apreendido na fase inicial da investigação. Os levantamentos conduzidos pela Polícia Federal identificaram novas evidências de lavagem de dinheiro praticadas de forma sistemática pela liderança da organização criminosa e seu principal operador financeiro. O esquema envolvia movimentações ilícitas por meio de contas de passagem, uso de dinheiro em espécie, empresas fictícias e a aquisição de bens de alto valor.
Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em um imóvel rural na cidade de Indaiatuba/SP, recentemente adquirido pelo principal operador financeiro da organização criminosa e pela liderança do grupo, e em um endereço em Santana de Parnaíba/SP, vinculado a um indivíduo identificado como um dos operadores do esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas.