Rio de Janeiro, 23 de Julho de 2025

Polícia Civil do Rio negociou devolução de armas com traficantes

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Segunda, 11 de Dezembro de 2023 às 14:14, por: CdB

Informação foi dada por inspetor em depoimento sobre as armas roubadas de arsenal em Barueri; segundo ele, o Exército participou da ação. Esse foi o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009.


Por Redação, com Poder360 e ACS - do Rio de Janeiro


O Exército e a Polícia Civil do Rio de Janeiro negociaram com um integrante do CV (Comando Vermelho) a devolução das armas que foram roubadas em setembro da base do Exército em Barueri (SP).




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O Exército e a Polícia Civil do Rio de Janeiro negociaram com um integrante do CV (Comando Vermelho) a devolução das armas

A operação foi detalhada em depoimento prestado em 7 de novembro pelo inspetor Christiano Gaspar Fernandes, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, ao qual o portal Metrópoles teve acesso.


Esse foi o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz. No total, 19 armas foram encontradas, sendo 8 pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e 9 pela Polícia Civil de São Paulo.

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O inspetor prestou depoimento como testemunha da ação que resultou na apreensão de parte das armas. Segundo Fernandes, agentes conversaram com um “colaborador” do CV, que não foi identificado, e um traficante de armas.


As tratativas, conforme o inspetor, foram alinhadas com o Exército. Usando a tática conhecida como contrainformação, os agentes forneceram ao “colaborador” informações sobre uma operação que seria realizada na favela carioca Cidade de Deus. Em troca, as armas que estavam na região seriam devolvidas.



Comunidade Gardênia Azul


No depoimento, Fernandes declarou que o “colaborador” informou que os itens estariam em “um carro abandonado na Gardênia, o que se confirmou”. Em 19 de novembro, oito das 21 armas foram recuperadas na comunidade Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.


Em outro trecho do depoimento, Fernandes declarou que a Polícia Civil e o Exército passaram a colaborar com o traficante de armas “Jesser”, conhecido como “Capixaba”. Na madrugada de 1º de novembro, duas metralhadoras foram recuperadas no Rio de Janeiro.


Ao portal Metrópoles, o Exército negou que tenha participado das tratativas. A corporação declarou que as “ações tomadas são sempre pautadas pelo princípio da legalidade”. A Polícia Civil não quis se pronunciar sobre o caso.



Polícia Civil prende acusado de estuprar e matar menina 


A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) cumpriu, no domingo, um mandado de prisão temporária contra o acusado de estuprar e matar Kemilly Hadassa Silva, de apenas 4 anos, no município de Nova Iguaçu. O autor é primo da vítima.


O caso foi registrado na 56ª DP (Comendador Soares), na madrugada de sábado, e encaminhado à DHBF no mesmo dia. De acordo com as investigações, a mãe deixou a menina sozinha em casa, dormindo com dois irmãos, de 7 e 8 anos.


Após a DHBF assumir o caso, diligências foram realizadas continuamente para localizar a criança. Os agentes foram ao local em busca de testemunhas, câmeras de segurança e demais informações. Segundo depoimento do autor, quando a mãe retornou para casa, a menina já estava morta e o seu corpo abandonado na beira do valão.


No domingo, o suspeito foi detido por populares e encaminhado para a delegacia pela Polícia Militar. Ele confessou o crime e indicou o local onde estava o corpo da criança, perto de um valão, próximo à casa do autor e escondido em um saco de ração. O acusado foi preso e contra ele foi cumprido um mandado de prisão temporária.



Roubo de veículos


Policiais civis da 30ª DP (Marechal Hermes) prenderam em flagrante, no sábado, um homem apontado como principal roubador de veículos da comunidade Palmeirinha. Ele foi capturado no bairro de Guadalupe, na Zona Norte, após ação de inteligência.


O autor estava dirigindo um veículo que tinha sido roubado horas antes da abordagem. Segundo as investigações, ele é um dos homens de confiança do traficante que lidera o tráfico de drogas da comunidade da Palmeirinha. Este criminoso teria designado ao preso a função de gerente de roubo de carros, sendo responsável por roubar e encaminhar os veículos para a comunidade do Chapadão.



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