Rio de Janeiro, 04 de Setembro de 2025

Polícia da Argentina desmantela gráfica de publicações nazistas

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Quinta, 14 de Setembro de 2023 às 12:05, por: CdB

Agentes da Polícia Federal Argentina chegaram à gráfica clandestina em San Isidro, 25 quilômetros ao norte da capital, após dois anos de investigação. 


Por Redação, com CartaCapital - de Buenos Aires


A polícia argentina apreendeu mais de 200 publicações e capas de livros de orientação nazista em uma gráfica irregular instalada em uma casa no subúrbio de Buenos Aires e prendeu o dono, informaram as autoridades na quarta-feira.


Agentes da Polícia Federal Argentina chegaram à gráfica clandestina em San Isidro, 25 quilômetros ao norte da capital, após dois anos de investigação. Confiscaram publicações com imagens de suásticas e símbolos do grupo paramilitar SS, entre outras obras proibidas pelas leis antidiscriminação.


– Estamos atônitos com a quantidade de material, é histórico. É uma verdadeira gráfica de difusão e venda de simbologia, livros e doutrinação nazista – disse o chefe da PFA, Juan Carlos Hernández, em entrevista coletiva.


A denúncia que levou à abertura da investigação foi feita em 2021 pela Delegação de Associações Israelitas Argentinas e recebida pela Unidade de Investigações Terroristas da PFA.


O material era vendido abertamente em lojas de comércio eletrônico “com alto nível de consumo e consultas”, explicou Hernández.


– Não descartamos que seja apenas a ponta de um iceberg. Por ora, cortamos as linhas de distribuição, mas a lei também pune quem consome – declarou o chefe policial.


Simbologia nazista


A polícia explicou que a mera exibição de simbologia nazista é uma infração das leis argentinas porque “justifica, reivindica e até venera as atrocidades cometidas pelo regime nazista contra a comunidade judaica”.


A Argentina foi refúgio de criminosos de guerra nazistas depois da Segunda Guerra Mundial, mas também acolheu judeus que fugiam das perseguições e dos campos de extermínio.


Em 2019, uma coleção com 83 objetos nazistas confiscados dois anos antes pela polícia em Buenos Aires foi entregue ao Museu do Holocausto da Argentina.




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