Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva após PMs serem flagrados em sequestro com pedido de R$ 500 mil; Ministério Público destacou gravidade do crime e necessidade de preservar a ordem pública.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Três policiais militares presos em flagrante no Rio de Janeiro tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça na segunda-feira. Os agentes Janildo Lopes de Souza, Raphael Nascimento da Silva e Christiano Vicente Castro de Oliveira são acusados de sequestro e extorsão, após exigirem R$ 500 mil para liberar a vítima. A decisão judicial atendeu a pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ), que ressaltou a gravidade do crime e a ameaça à ordem pública.

De acordo com a investigação, a vítima foi abordada em frente à própria residência por homens encapuzados, vestidos com fardas da Polícia Militar e armados com fuzis. Forçada a entrar em um carro, foi levada até Guadalupe, na Zona Norte, onde os policiais exigiram o pagamento milionário sob ameaça de morte. Durante o percurso, os suspeitos adulteraram as placas do veículo e contaram com a escolta de uma viatura da PM, o que reforça a suspeita de participação de outros agentes na ação criminosa.
O resgate ocorreu em Rocha Miranda, também na Zona Norte do Rio, após monitoramento realizado pela Delegacia Antissequestro (DAS) com apoio da Corregedoria da Polícia Militar. Na operação, foram apreendidos dois fuzis calibres 7,62 e 5,56, além de uma pistola 9 mm. A vítima foi retirada em segurança do cativeiro.
MPRJ
Na audiência de custódia, o MPRJ solicitou a conversão da prisão em flagrante para preventiva, destacando que a conduta dos policiais representava risco concreto à ordem pública. O órgão apontou ainda o uso de armamento de guerra e o envolvimento de agentes públicos como fatores determinantes para manter os suspeitos presos. A Justiça acatou os argumentos e determinou a prisão preventiva dos três militares.
O caso gerou forte repercussão e levanta novos questionamentos sobre o envolvimento de policiais em crimes graves como sequestro e extorsão, especialmente em um momento de intensas cobranças por maior rigor no combate à corrupção e à criminalidade dentro das forças de segurança.