Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Pesquisa mostra que bolsonaristas integram movimento da extrema direita

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Quinta, 26 de Agosto de 2021 às 13:35, por: CdB

Diferentemente das pesquisas quantitativas, quando o objetivo é demonstrar algo numericamente e os entrevistados escolhem entre opções dadas, esta pesquisa qualitativa se deu a partir de conversas mais aprofundadas, online, em grupos focais, com uma quantidade menor de pessoas.

Por Redação - de São Paulo
No Brasil, há um movimento bolsonarista, cristão-conservador, que defende maior acesso a armas, idolatra os Estados Unidos, admira militares, acredita na pureza moral de Bolsonaro e crê numa conspiração para “homossexualizar” crianças.
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Bolsonaristas vão às ruas pedir a volta da ditadura militar
Eles também acreditam que o meio de comunicação mais isento e confiável é a rede social de Bolsonaro. É o que aponta a pesquisa Bolsonarismo no Brasil, realizada pelo Instituto pela Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) em parceria com o Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (Lemep), divulgada nesta quinta-feira. Diferentemente das pesquisas quantitativas, quando o objetivo é demonstrar algo numericamente e os entrevistados escolhem entre opções dadas, esta pesquisa qualitativa se deu a partir de conversas mais aprofundadas, online, em grupos focais, com uma quantidade menor de pessoas. Foram aproximadamente 200 entrevistados, todos votaram em Bolsonaro em 2018. As pessoas foram divididas em 24 grupos, em seis capitais: Recife (PE), Belém (PA), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Curitiba (PR), divididos por escolaridade, religião (evangélicos ou outras religiões) e classe social (A/B ou C/D).

Arrependidos

A afinidade entre os entrevistados confirma a existência de um movimento ou sentimento bolsonarista no Brasil, de extrema-direita, que outras pesquisas de opinião dizem corresponder a 25% ou 30% da população, que consideram “ótimo ou bom” o atual governo, apesar da crise econômica, da incompetência na condução da pandemia e das acusações de corrupção. Quando questionados sobre o momento atual do país e a qualidade de vida, há um sentimento generalizado entre os entrevistados de que a situação econômica está pior. Quase todos mencionam a elevação de preços, principalmente de alimentos e de combustível – os únicos que não percebem tanto a inflação são jovens estudantes que moram com os pais. Mas enquanto os eleitores arrependidos culpam Jair Bolsonaro pelo momento do país, os que seguem fieis culpam governadores, prefeitos, a pandemia e a política do “fica em casa”.
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