Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Parlamentares do PSB aprovam federação partidária com o PT

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Quinta, 02 de Dezembro de 2021 às 13:30, por: CdB

Deputados federais socialistas comunicaram ao presidente da legenda, Carlos Siqueira, o amplo apoio para que seja estabelecida uma federação com o PT e outros partidos de esquerda, contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma vez estabelecida, a federação pressiona a candidatura do presidenciável Ciro Gomes.

Por Redação - de Brasília
A aliança em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou maior, agora que parlamentares do PSB aprovaram o ingresso na federação partidária liderada pelo PT, negociada também com o PCdoB, o PSOL e o Rede Sustentabilidade.
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Líder do PT, Lula tem uma chance real de voltar ao cenário político em uma nova candidatura
Na noite passada, os deputados federais socialistas comunicaram ao presidente da legenda, Carlos Siqueira, o amplo apoio para que seja estabelecida uma federação com o PT e outros partidos de esquerda, contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma vez estabelecida, a federação pressiona ainda a candidatura do presidenciável pedetista, Ciro Gomes.

Alckmin

Dentre os 30 deputados da legenda, 25 aprovaram a proposta e apenas um se manifestou contra a aliança, que obrigaria a formação de chapas conjuntas em todos os Estados. A reunião não era deliberativa porque a decisão não é da bancada, mas, com essa informação, Siqueira ficou de convocar os presidentes dos diretórios estaduais e depois o diretório nacional para decidir. — O ponto chave é que o indicativo da bancada foi aprovado com a inclusão do PT — disse a jornalistas o líder do PSB na Câmara, deputado Danilo Cabral (PE). A aliança abre caminho para um acordo entre Lula e Geraldo Alckmin para a formação de uma chapa. Alckmin, por sua vez, definiu nesta manhã que, na sexta-feira da semana que vem, dia 10 de dezembro, definirá seu destino político longe do PSDB. O ex-governador paulista disse, a interlocutores, que se desligará do PSDB. Segundo essa fonte, Alckmin ainda não decidiu se embarcará como vice na provável chapa do ex-presidente Lula.

Governabilidade

Uma vez que se filie ao PSB, no entanto, estará claro o movimento do ex-governador de integrar o esforço petista para a reeleição do líder popular, disparado na primeira posição das pesquisas eleitorais. Outro ponto que favorece a filiação de Alckmin ao PSB é justamente a federação de partidos, que consolida alianças estaduais e cria condições para a governabilidade de um futuro governo social-democrata. Para a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, a formação da federação partidária no Brasil mudará a dinâmica política no país. — A federação mudará a forma como nos relacionamos com as outras forças e deixará nítido um campo de esquerda e centro-esquerda e pode representar para nós o que a Frente Ampla representa no Uruguai — afirmou nesta manhã, ao site de notícias Brasil 247.

No Uruguai

Hoffmann lembra que a Frente Ampla uruguaia existe desde 1971, integrada por vários partidos e organizações da sociedade civil. Foi fundada em 5 de fevereiro de 1971 na tentativa de eleger Líber Seregni à presidência da República. Com o golpe militar de 1973 foi colocada na ilegalidade e reprimida. A Frente Ampla elegeu Tabaré Vázquez em 2005, Pepe Mujica em 2010 e novamente Vázquez em 2015. Em 2020, a direita venceu a eleição. Hoje, são 15 partidos e movimentos que compõem a frente. Entre eles, o Movimiento de Participación Popular, de Pepe Mujica, o Partido Socialista, o Partido Comunista, o Partido por la Victoria del Pueblo. Além de conversações com o PSB e o PC do B, a presidenta do PT disse que há diálogo com o PSOL para a formação da Federação. Ela afirmou que “uma federação partidária exige a busca contínua da unidade” e que “com ela, poderemos aumentar em mais de 25% nossa bancada”.
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