Em lugar de um encontro com a cultura e a agenda com o contraparte lusitano, Bolsonaro preferiu fazer um passeio de moto com seus seguidores, em Presidente Prudente, no interior paulista. O ato era em promoção de sua própria imagem e gerou aglomerações.
Por Redação - de São Paulo
A diplomacia brasileira conseguiu, ao longo dos últimos dois anos e meio do governo neofascista de Jair Bolsonaro (sem partido), que o país se torna-se um pária no cenário mundial, a ponto de chefes de Estado, como o presidente de Portugal,
O presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o ex-presidente Lula se encontraram, em São Paulo
, cumprir agenda no país sem sequer se dirigir ao presidente da República.
Este, por sua vez, em lugar de um encontro com a cultura e a agenda com o contraparte lusitano, preferiu fazer um passeio de moto com seus seguidores, em Presidente Prudente, no interior paulista. O ato era em promoção de sua própria imagem e gerou aglomerações. Em discurso, Bolsonaro também voltou a atacar a urna eletrônica.
Naquele mesmo sábado, o presidente português participou, ao lado de outras autoridades de países lusófonos, da reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Sua visita ao Brasil termina nesta terça-feira, e não há agenda com qualquer autoridade do governo federal brasileiro.
Lula
Na véspera, Marcelo teve um encontro com o ex-presidente Lula, na residência do Cônsul Geral português em São Paulo. A pauta do encontro não foi revelada. Mas o jornal português Público divulgou que ambos trataram da pandemia da covid-19, da economia mundial, do próprio Museu da Língua Portuguesa e da aproximação cultural entre os dois países.
Nas redes sociais, Lula definiu o encontro como "agradável" e que manteve "um diálogo fraterno" com o líder português. O presidente português havia negado que o motivo da sua visita ao Brasil era política e que o encontro com Lula não era em razão da grande possibilidade de o ex-metalúrgico ser novo chefe da nação em 2023.
O evento de reinauguração do Museu da Língua Portuguesa também contou com a presença dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer. O espaço foi reaberto seis anos após ter sido consumido por um forte incêndio.