O papa Francisco aceitou nesta terça-feira a renúncia de um bispo dos Estados Unidos acusado de encobrir um caso de abuso sexual. Michael Hoeppner, chefe da diocese de Crookston, em Minnesota, é o primeiro bispo processado individualmente por coerção nos EUA.
Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco aceitou nesta terça-feira a renúncia de um bispo dos Estados Unidos acusado de encobrir um caso de abuso sexual.
Papa Francisco aceitou renúncia de bispo americano envolvido em escândalo
Michael Hoeppner, chefe da diocese de Crookston, em Minnesota, é o primeiro bispo processado individualmente por coerção nos EUA. Ele é acusado de ter pressionado um candidato ao diaconato a se calar a respeito de uma denúncia anterior contra um sacerdote por violência sexual.
"O Santo Padre aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Crookston, apresentada pelo monsenhor Michael J. Hoeppner, e nomeou o monsenhor Richard Edmund Pates, bispo emérito de Des Moines, como administrador apostólico da mesma diocese", diz o comunicado do Vaticano, que não cita a acusação.
Na Igreja Católica, é praxe que sacerdotes envolvidos em escândalos entreguem seus cargos ao papa para deixá-lo livre para afastá-los ou não.
A vítima se chama Ron Vasek
A vítima se chama Ron Vasek, que pretendia se tornar diácono para apoiar seu filho, um padre católico. No entanto, Vasek alega que Hoeppner ameaçou colocar obstáculos ao seu trabalho e ao do filho caso ele não se retratasse de uma acusação contra o padre Roger Grundhaus por abuso sexual.
– Eu me senti como se tivesse sendo abusado de novo – declarou Vasek em maio de 2017, segundo o Star Tribune, principal jornal de Minnesota. Hoeppner, que alega inocência, também é investigado pela Arquidiocese de Saint Paul e Minneapolis, já que um decreto do papa Francisco instituído em 2019 tornou obrigatória a denúncia de supostos abusos sexuais por parte do clero.