Entre os alvos estão um policial civil acusado de fornecer armas e um ex-conselheiro tutelar que usava o carro oficial da prefeitura para ajudar criminosos.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O Ministério Público de Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil iniciaram, nesta terça-feira, uma operação contra uma milícia que atua em Queimados, na Baixada Fluminense. Os agentes cumprem cinco mandados de prisão e dois de busca e apreensão. Até o momento, três pessoas foram presas.

A ação é conduzida por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com policiais da 55ª DP (Queimados). Um dos investigados, João Carlos Lustosa da Silva, apontado como chefe da quadrilha, já estava no sistema prisional.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPRJ, os cinco alvos vão responder pelos crimes de constituição de milícia privada e extorsão qualificada.
Entre eles, estão o policial civil Flavio Cordeiro Candreva, suspeito de fornecer armas à milícia, e o ex-conselheiro tutelar Paulo Alberto de Lima, apontado por usar um veículo oficial do órgão para transportar integrantes da quadrilha, além de intermediar encontros entre os líderes da milícia. Ele não atua mais na prefeitura.
Ameaça armada
As investigações apontam que o grupo explorava os bairros de Fanchem, Porteira e Paraíso, onde extorquia comerciantes e mototaxistas. Sob ameaça armada, os criminosos exigiam o pagamento de “taxa de segurança” e chegavam a recolher chaves de motocicletas para forçar as vítimas a pagá-los.
Para dar aparência de legalidade, usavam a fachada da empresa “Mibius Segurança Privada”, que distribuía cartões com números de telefone e chaves Pix para recolhimento das quantias.
A operação conta também com apoio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).