Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Oklahoma aprova criminalização do aborto

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Quarta, 06 de Abril de 2022 às 09:31, por: CdB

Oklahoma se torna mais um Estado a endurecer as regras para fazer o aborto desde que a Suprema Corte dos EUA se recusou a debater sobre uma polêmica lei do tipo criada pelo governo do Texas e que entrou em vigor em setembro do ano passado.

Por Redação, com ANSA - de Washington

O Parlamento de Oklahoma, nos Estados Unidos, aprovou na terça-feira uma legislação que, praticamente, criminaliza todas as formas de aborto. A medida ainda impõe uma multa de até US$ 100 mil e até 10 anos de prisão para quem realizar a prática.
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Congressistas de Oklahoma aprovaram nova lei sobre abortos
O texto aprovado por 70 votos a 14 só permite que a interrupção da gravidez seja feita em uma "emergência médica", nem em casos de estupro ou incesto o ato será permitido. Agora, o projeto segue para a aprovação do governador republicano Kevin Stitt, que deve assinar a medida. A partir da assinatura, o projeto entra em vigor no fim de agosto. Com isso, Oklahoma se torna mais um Estado a endurecer as regras para fazer o aborto desde que a Suprema Corte dos EUA se recusou a debater sobre uma polêmica lei do tipo criada pelo governo do Texas e que entrou em vigor em setembro do ano passado.

A decisão

A decisão da instância máxima, que é composta por seis juízes conservadores, deu uma brecha para que estados mais "religiosos" e ligados aos republicanos endurecessem leis sobrea interrupção da gravidez. O caso de Oklahoma ainda tem outro efeito e afeta novamente as mulheres texanas. Muitas delas, desde que a lei entrou em vigor, iam para o estado vizinho para fazer o procedimento e não serem processadas por isso, já que a lei texana paga até US$ 10 mil para quem denunciar pessoas suspeitas de terem realizado ou ajudado a fazer um aborto. Desde 1973, o aborto até a 22ª semana, com algumas variações, era permitido nos EUA porque, durante o famoso julgamento Roe vs Wade, os juízes entenderam que o Estado não deveria interferir na decisão de uma mulher de manter uma gravidez. No entanto, como agora o Supremo não quis debater o assunto, e ignora ainda uma ação do próprio governo de Joe Biden sobre a inconstitucionalidade da lei do Texas, os legislativos e os governadores aproveitam para aprovar medidas para inviabilizar a prática.
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