A partir dessa nova plataforma, a Mistral AI facilitará o acesso e o uso de suas ferramentas de inteligência artificial generativa pelas empresas.
Por Redação, com Europa Press – de Paris
A Europa está caminhando para a soberania em inteligência artificial (IA) com projetos que países como França, Itália e Alemanha estão desenvolvendo em conjunto com a Nvidia para impulsionar o crescimento econômico.
Nesta semana, a empresa de semicondutores realizou seu evento Nvidia GTC em Paris (França), como parte da feira de tecnologia VivaTech 2025. No evento, ela anunciou um acordo com a empresa francesa de IA generativa Mistral AI para criar uma plataforma de nuvem que atenda às necessidades das empresas nacionais.
A partir dessa nova plataforma, a Mistral AI facilitará o acesso e o uso de suas ferramentas de inteligência artificial generativa pelas empresas, para que elas possam criar aplicativos com base em seus modelos e nos modelos de outras empresas parceiras.
– Isso fornecerá às empresas e ao setor público a experiência em IA da Mistral para desenvolver a melhor computação de IA da categoria, dando às empresas controle total – disse o CEO Arthur Mensch.
A plataforma será alimentada pela arquitetura Nvidia Grace Blackwell e por 8 mil GPUs Blackwell e Blackwell Ultra, anunciaram a Mistral AI e a Nvidia na quarta-feira na Vivatech 2025.
Esse projeto faz parte da Estratégia Nacional de IA, que faz parte do plano de investimento mais amplo França 2030, que reserva 109 bilhões de euros para investimentos em projetos de infraestrutura de IA do país.
Juntamente com o banco de investimento nacional Bpifrance e o fundo de investimento MGX dos Emirados Árabes Unidos, as duas empresas de tecnologia estabelecerão “o maior campus de IA da Europa”, que deverá atingir uma capacidade de 1,4 gigawatts.
A Orange Business, a divisão empresarial da Orange, por sua vez, juntou-se ao programa Nvidia Cloud Partner para acelerar o desenvolvimento de IA generativa de nível empresarial junto com a plataforma Orange Business Cloud Avenue.
A França também tem o supercomputador Jean Zay, que leva a inteligência artificial a acadêmicos, pesquisadores e empresas. Ele apoia mais de 150 start-ups e impulsionou mais de 1.400 projetos de IA até 2024.
Itália
A Itália é outro país europeu que está construindo uma infraestrutura de inteligência artificial para avançar o desenvolvimento da IA soberana, e está fazendo isso em conjunto com a Nvidia Cloud Partners, operadoras de telecomunicações e centros de pesquisa.
Os exemplos incluem o supercomputador Nvidia DGX H100 implantado pela Fastweb para dar suporte à infraestrutura nacional de IA e a fábrica de IA Nvidia Grace Blackwell de 5.760 GPUs na qual a Domyn, responsável pelos modelos Domyn Small e Domyn Large, está colaborando.
O consórcio CINECA, formado por ministérios, universidades e instituições nacionais, abriga uma das maiores instalações de computação de alto desempenho da Europa. Ele hospeda o supercomputador Leonardo de pré-exaescala EuroHPC Tier-0, que tem mais de 15.000 GPUs e recentemente adicionou o supercomputador LISA, que totaliza 1.328 GPUs Nvidia Hopper para IA para aplicações científicas.
A EuroHPC contratou a CINECA para construir a fábrica de IA IT4LIA, que deve começar a operar ainda este ano para fornecer novos recursos de IA para a computação de pesquisa e para as empresas italianas.
Alemanha
Na Alemanha, a Nvidia construirá a primeira nuvem de IA industrial do mundo para fabricantes europeus, que será alimentada por sistemas Nvidia DGX B200 e servidores Nvidia RTX PRO com 10 mil GPUs Nvidia Blackwell. O supercomputador JUPITER, hospedado pelo Jülich Supercomputing Centre, será o primeiro sistema exascale da Europa. Ele empregará 24 mil superchips Nvidia GH200 Grace Hopper e redes Nvidia Quantum-2 InfiniBand para aumentar a capacidade de computação.
Outro supercomputador alemão, o Blue Lion, usará a arquitetura Nvidia Vera Rubin, a próxima plataforma de IA da Nvidia, quando entrar em operação em 2026 no Centro de Supercomputação Leibniz.
Enquanto isso, a empresa alemã de IA linguística DeepL usará a plataforma DGX SuperPOD da Nvidia com sistemas DGX GB200 – a primeira implementação desse tipo na Europa – para traduzir todo o conteúdo da Internet em pouco mais de 18 dias, uma tarefa que atualmente leva 194 dias de processamento contínuo de dados.
A europa adota e desenvolve a IA
Huang falou sobre os projetos implementados na Europa, que permitem que a região não apenas adote a inteligência artificial, mas também desenvolva a tecnologia, estabelecendo as bases para um futuro impulsionado pela IA.
Esses projetos vão do crescimento da inferência exponencial aos avanços quânticos, da infraestrutura à indústria, da IA de agentes à robótica, com a tecnologia da Nvidia desempenhando um papel de destaque.
No centro está o GB200 NVL72, um computador exascale que conecta 36 CPUs Grace e 72 GPUs Blackwell e apresenta um domínio NVLink de 72 GPUs para inferência e treinamento de modelos linguísticos de trilhões de parâmetros em tempo real.
Atualmente, ele está em produção e, de acordo com Huang, os parceiros da Nvidia estão produzindo mil sistemas GB200 por semana.
Para impulsionar a computação quântica, a Nvidia oferece a plataforma CUDA-Q, que já está disponível no supercomputador Gefion, na Dinamarca. O CEO anunciou que a CUDA-Q agora está disponível nos sistemas Nvidia Grace Blackwell.
E para o desenvolvimento de modelos de linguagem, a Nvidia oferece a família Nemotron de modelos de raciocínio abertos. Eles estarão disponíveis no mecanismo de busca Perplexity.