Um novo estudo, utilizando dados espaciais e terrestres da NASA, Agência Espacial Europeia (ESA) e outras instituições, descreve três exemplos extremos de buracos negros supermassivos se alimentando de estrelas massivas.
Por Redação, com Nasa – de Cabo Canaveral (FL-EUA)
Buracos negros são invisíveis para nós, a menos que interajam com outra coisa. Alguns consomem gás e poeira continuamente e parecem brilhar intensamente ao longo do tempo conforme a matéria entra. Mas outros buracos negros ficam secretamente à espreita por anos até que uma estrela se aproxime o suficiente para ser devorada.

Um novo estudo, utilizando dados espaciais e terrestres da NASA, Agência Espacial Europeia (ESA) e outras instituições, descreve três exemplos extremos de buracos negros supermassivos se alimentando de estrelas massivas. Esses eventos liberaram mais energia do que 100 supernovas e representam o tipo de explosão cósmica mais energético desde o Big Bang descoberto até agora.
Cada buraco negro supermassivo fica no centro de uma galáxia distante e subitamente brilha ao destruir uma estrela de três a dez vezes mais pesada do que o nosso Sol. O brilho perdurou por vários meses, segundo constatou a agência norte-americana, em relato divulgado neste sábado.
Holofote
Cientistas descrevem essas ocorrências raras como uma nova categoria de eventos cósmicos chamada “transitórios nucleares extremos”. Procurar por mais desses transientes nucleares extremos pode ajudar a revelar alguns dos buracos negros supermassivos mais massivos do universo, que geralmente são silenciosos.
— Esses eventos são a única maneira de termos um holofote para iluminar buracos negros massivos que de outra forma seriam inativos — resumiu Jason Hinkle, estudante de pós-graduação na Universidade do Havaí e principal autor de um novo estudo publicado na revista Science Advances, que descreve esse fenômeno.