Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Mulheres ampliam presença nas eleições com apoio do MST

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Sexta, 11 de Março de 2022 às 13:27, por: CdB

No Rio de Janeiro, uma das dirigentes nacionais do movimento será o nome da vez. Marina Santos teve sua pré-candidatura a deputada estadual pelo PT lançada na véspera, em um ato político-cultural na capital fluminense.

Por Redação, com BdF - de São Paulo
Entre as candidaturas que o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) deve lançar nas eleições deste ano, a organização prepara um conjunto de ao menos quatro concorrentes mulheres que deverão concentrar as energias da base eleitoral da entidade em alguns Estados do país. Esta é a primeira vez que o movimento articula, nacionalmente, uma ampla estratégia de participação direta nas eleições estaduais e federais.
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Os sem-terra garantem a mobilização do campo contra o governo neofascista do presidente Jair Bolsonaro e apoiam a eleição de mulheres para o Parlamento
No Rio de Janeiro, uma das dirigentes nacionais do movimento será o nome da vez. Marina Santos teve sua pré-candidatura a deputada estadual pelo PT lançada na véspera, em um ato político-cultural na capital fluminense. Ela pontua que a preparação de nomes de lideranças para a atuação no cenário eleitoral não desvirtua a entidade dos seus objetivos históricos e essenciais na luta popular.

Crise atuais

Ainda na noite passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um ato em São Paulo com mulheres de mais de 20 entidades, entre movimentos sociais, populares e sindicais, e representantes de seis partidos de esquerda e centro-esquerda (PT, PSB, PSOL, PCdoB, REDE e PV), debatendo temas nacionais sob a ótica feminina, mas também pensando no futuro. Em seu discurso, Lula defendeu o fortalecimento do Estado brasileiro para reconstruir o país. Para ele, recuperar o Brasil das crises atuais não será tarefa fácil. — Este país precisa de gente que goste do povo, de gente que faça o país crescer, que faça a distribuição da riqueza, que construa coisas para a sociedade e junto com a sociedade. Portanto, não pensem que, se eu voltar a ser presidente, acabou a tarefa de vocês. Pensem bem, porque se me elegerem, vão ter que começar a trabalhar para construir a democracia e o mundo que todos nós sonhamos — afirmou.

Partido

O ex-presidente reconheceu que as instituições brasileiras estão feridas. — Fico pensando aonde nós chegamos, o Congresso Nacional chegou a construir um orçamento secreto, em que o presidente da Câmara tem mais poder na política de investimento do país do que o presidente da República. Nunca na história desse país a gente teve uma presidente da república tão incompetente. Me parece que ele foi preparado a vida inteira para agredir, provocar, é só gesto de dar tiro. O Brasil não precisa disso — acrescentou. Lula reforçou algo que vem dizendo, que sua eventual candidatura à Presidência da República não seria apenas um projeto pessoal ou do PT, mas um projeto para devolver o Brasil a uma situação melhor, não apenas retomando políticas dos governos do partido, mas aprimorando o que havia sido feito. — A tarefa de reconstruir este país não é de um partido, muito menos de um presidente. A tarefa de reconstruir este país é uma tarefa da sociedade brasileira, não pode ser a candidatura de Lula pelo PT, a candidatura tem que ser de um movimento que queira reconstruir a democracia de verdade neste país, reparando os defeitos das coisas que nós deixamos de fazer, para construir coisas melhores — pontuou.

Conquistas

Ainda segundo o líder petista, “se for para fazer apenas igual, eu não preciso voltar, é preciso mais conquistas para a sociedade”. — Porque essa gente ignorante que faz parte da elite brasileira precisa saber que, para uma sociedade mais justa, não é aquela que eles podem tudo e os outros não podem nada, é aquela que todo mundo pode um pouco — concluiu.
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