Rio de Janeiro, 09 de Junho de 2025

Mulher de Poze é alvo de operação contra lavagem ligada ao Comando Vermelho

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Terça, 03 de Junho de 2025 às 10:59, por: CdB

Entre os investigados está a influenciadora Viviane Noronha, conhecida como Vivi Noronha, companheira do cantor MC Poze do Rodo.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta terça-feira uma operação para desarticular o núcleo financeiro do Comando Vermelho (CV), responsável por lavar mais de R$ 250 milhões provenientes do tráfico de drogas e da compra de armamentos de uso restrito. Segundo as investigações, o esquema utilizava pessoas físicas e jurídicas para ocultar a origem ilícita dos recursos e reinvesti-los em cocaína, fuzis e no fortalecimento territorial da facção em comunidades cariocas. As informações são do jornal Extra.

Mulher de Poze é alvo de operação contra lavagem ligada ao Comando Vermelho | Poze do Rodo e Vivi Noronha se casaram no último dia 26 
Poze do Rodo e Vivi Noronha se casaram no último dia 26 

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo. Também foram expedidas ordens judiciais para o bloqueio e a indisponibilidade de bens e valores em 35 contas bancárias suspeitas.

Entre os investigados está a influenciadora Viviane Noronha, conhecida como Vivi Noronha, companheira do cantor MC Poze do Rodo. A Polícia Civil aponta que ela e sua empresa receberam diretamente valores oriundos do tráfico, repassados por meio de laranjas com o objetivo de lavar o dinheiro da facção criminosa.

Outro nome que chama atenção na investigação é o de um operador do sistema financeiro informal, já monitorado por autoridades internacionais e procurado pelo FBI sob suspeita de atuar como lavador de dinheiro para a organização terrorista Al-Qaeda. Segundo dados de cooperação internacional, esse homem seria um elo entre esquemas de lavagem no Brasil e movimentações ilegais no exterior.

O esquema, segundo os investigadores, contava ainda com uma produtora responsável por organizar bailes funk promovidos por membros da facção. Esses eventos funcionavam não apenas como pontos de venda de drogas, mas também como estratégia de projeção social e financeira do CV.

O inquérito aponta que um restaurante situado em frente ao local onde era realizado o “Baile da Escolinha”, um dos eventos mais emblemáticos ligados à facção, servia de fachada para o escoamento de dinheiro do tráfico. A Polícia Civil afirma que o estabelecimento funcionava como polo logístico e símbolo do poder econômico e social do Comando Vermelho dentro do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.

As investigações identificaram Fhillip Gregório da Silva, conhecido como Professor, como uma das figuras centrais do esquema de lavagem. Morto no domingo em uma ação no Complexo do Alemão, ele era o idealizador do “Baile da Escolinha” e responsável pela estruturação de empresas de fachada para dar aparência legal aos lucros do tráfico.

Morte de Professor

Apesar da morte de Professor, a Polícia Civil afirma que o andamento do inquérito e as medidas judiciais em curso não foram afetadas. A atuação dele, segundo os investigadores, permanece como peça-chave para o entendimento da engrenagem criminosa.

Entre os remetentes identificados nos depósitos que abasteciam o esquema estão, de acordo com a corporação, um segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca, chefe da facção no Complexo do Alemão, além do operador de valores procurado pelo FBI.

A operação desta terça-feira reúne agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD). A Polícia Civil deve seguir com novas diligências nos próximos dias para aprofundar o mapeamento da rede financeira da facção.

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