“Fica vedada, no período de 22 de julho a 1º de agosto de 2025, a realização de reuniões de comissões da Câmara dos Deputados”, escreveu Motta em ato da Presidência da Casa.
Por Redação – de Brasília
Presidente da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) resolveu, nesta terça-feira, proibir o funcionamento das comissões da Casa até 1º de agosto, em meio à movimentação de deputados de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para usar sessões colegiadas durante o recesso em apoio ao ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL).
“Fica vedada, no período de 22 de julho a 1º de agosto de 2025, a realização de reuniões de comissões da Câmara dos Deputados”, escreveu Motta em ato da Presidência da Casa.
Deputados da Comissão de Segurança Pública da Câmara haviam convocado reunião do colegiado para a manhã desta terça-feira para votar uma “moção de solidariedade” a Bolsonaro, após o ex-presidente ser alvo de medidas restritivas por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Rede
Bolsonaro chegou a anunciar que compareceria à sessão do colegiado, mas cancelou a agenda. Na véspera, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu prazo de 24 horas para a defesa de Bolsonaro explicar postagens de redes sociais com fotos e falas do ex-presidente durante uma visita ao Congresso, uma vez que Moraes havia proibido a aparição de Bolsonaro em redes sociais próprias ou de terceiros.
Diante da medida, os parlamentares presentes reclamaram da decisão do presidente da Casa, e falaram em “censura”. Foi aí que os deputados Sargento Fahur (PSD-PR) e o Delegado Caveira (PL-PA) abriram durante o ato uma bandeira de apoio ao presidente norte-americano, Donald Trump. O ambiente azedou ali mesmo, quando alguns parlamentares presentes gritaram: “Tira essa bandeira daqui!”.