A operação foi decretada no âmbito do inquérito no Supremo que apura o financiamento a atos inconstitucionais, que tem Moraes como relator, segundo uma das fontes com conhecimento da ação. Moraes tem sido alvo de constantes ataques do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que já chamou o ministro de “canalha”.
Por Redação - de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (TSE), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, levado às cordas por uma sequência de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores, reagiu e parte para o revide contra as novas ameaças de um golpe de Estado, no país. Moraes determinou, na véspera, duras ações contra empresários bolsonaristas que defendem a ruptura democrática, no Brasil, afirmou que o STF e o TSE não podem ficar "na defensiva" diante de golpistas.
O ministro Alexandre de Moraes é o relator dos processos contra o presidente Bolsonaro (PL)
Em conversa com instituições da sociedade civil, horas após a operação que autorizou contra empresários bolsonaristas, o ministro disse que é preciso “não ficar na defensiva” para proteger a democracia brasileira.
— Temos uma democracia vibrante e não podemos ficar apenas reagindo a discursos golpistas — disse Moraes.
Aliados
A operação foi decretada no âmbito do inquérito no Supremo que apura o financiamento a atos inconstitucionais, que tem Moraes como relator, segundo uma das fontes com conhecimento da ação. Moraes tem sido alvo de constantes ataques do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que já chamou o ministro de “canalha”. Seus aliados participam das ameaças.
A ação abalou uma frágil aproximação entre Moraes e Bolsonaro apenas um dia após o presidente falar em pacificação. A campanha do candidato à reeleição avaliou que há risco de acirramento nas ações de apoiadores, enquanto há quem aponte um "caráter didático" da decisão. O escândalo eclodiu após uma nota veiculada no site do jornal brasiliense ‘Metrópoles’.