O Brasil está sob pressão de países europeus devido a suas políticas ambientais, em particular a forma de lidar com os incêndios na Amazônia.
Por Redação, com Reuters - de Berlim
A União Europeia deverá ser capaz de concluir o acordo de livre comércio com o Mercosul até o final de 2020 em um cenário otimista, afirmou uma autoridade comercial sênior da UE, acrescentando que muito dependerá da atitude do Brasil.
Autoridades dizem que a UE apoia o acordo, mas o comportamento do Brasil tem uma clara influência nas perspectivas para o consentimento e ratificação do lado da UE
“Donald Tusk, presidente do conselho da UE, disse isso: a UE apoia o acordo, mas o comportamento do Brasil tem uma clara influência nas perspectivas para o consentimento e ratificação do lado da UE”, disse a autoridade nesta quarta-feira.
O Brasil está sob pressão de países europeus devido a suas políticas ambientais, em particular a forma de lidar com os incêndios na Amazônia. Os outros membros do Mercosul são Argentina, Paraguai e Uruguai.
Durante a reunião do G7, O Reino Unido uniu-se à Alemanha neste sábado ao criticar a decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, de obstruir um acordo comercial entre a União Europeia e o grupo Mercosul dos países sul-americanos para pressionar o Brasil contra incêndios florestais na Amazônia.
Em uma declaração surpresa na sexta-feira, Macron disse que havia decidido se opor ao acordo UE-Mercosul e acusou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro de mentir quando minimizou as preocupações com as mudanças climáticas.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, criticou a decisão, um dia depois que o escritório da chanceler alemã Angela Merkel fez o mesmo em Berlim.
– Há todo tipo de pessoa que usará qualquer desculpa para interferir no comércio e frustrar os acordos comerciais, e eu não quero ver isso – disse Johnson a repórteres.