Rio de Janeiro, 30 de Agosto de 2025

Mello alerta que EUA assediam Brasil com apoio de ‘traidores da Pátria’

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Segunda, 11 de Agosto de 2025 às 13:16, por: CdB

Segundo Mello, o Brasil tem sido “assediado” pelo chefe da Casa Branca e por agentes públicos que “vergonhosa e servilmente se curvam a um poder estrangeiro, como desprezíveis traidores da Pátria”.

Por Redação – de Brasília

Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), o jurista Celso de Mello fez duras críticas à atuação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de políticos brasileiros que, segundo ele, atuam contra os interesses do país. As declarações foram encaminhadas em nota ao diário setorial Valor Econômico e apontam um “momento de extrema preocupação” na relação entre Brasil e EUA, que atravessam seu período mais tenso em mais de dois séculos de relações diplomáticas.

Mello alerta que EUA assediam Brasil com apoio de ‘traidores da Pátria’ | O ex-decano do STF, hoje ministro aposentado Celso de Mello
O ex-decano do STF, hoje ministro aposentado Celso de Mello

Segundo Mello, o Brasil tem sido “assediado” pelo chefe da Casa Branca e por agentes públicos que “vergonhosa e servilmente se curvam a um poder estrangeiro, como desprezíveis traidores da Pátria”. Sem citar nomes, ele fez referência a Jair Bolsonaro (PL) e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março com esse objetivo.

 

Ultrajante

Desde então, o governo norte-americano endureceu as ações contra autoridades brasileiras, revogando vistos de ministros do STF e aplicando a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes.

As medidas receberam apoio público de Eduardo Bolsonaro, o que, segundo Celso de Mello, configura “comportamento ultrajante” por parte de brasileiros que se aliam a nações estrangeiras para atacar as instituições nacionais.

Para Mello, “trair a pátria constitui um dos atos mais indignos, infamantes e vergonhosos que um brasileiro pode cometer contra a sua própria nacionalidade”. E ressalta que a defesa da soberania é “dever cívico e político de todos os brasileiros” e lembrou que a não interferência em assuntos internos é um princípio consagrado desde os tratados de Westfália, em 1648.

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