Para liderar o segmento, frente as críticas ao marketing da campanha, o PT já teria um nome favorito para substituir o atual marqueteiro, Augusto Fonseca. Dirigentes da legenda, segundo notícias veiculadas em Brasília, já iniciaram as conversas com o publicitário baiano Sidônio Pereira.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se declarou candidato à reeleição, nas eleições de outubro deste ano, mas já ensaia uma restruturação na equipe que participará da campanha. Nesta quarta-feira, Lula afirmou que a não quer a “volta ao passado” ao defender a revogação da “reforma” trabalhista, por exemplo, em uma tomada de decisão mais dirigida aos trabalhadores.
O jornalista Franklin Martins é o atual coordenador da área de Comunicação Social do ex-presidente Lula
— Fui dirigente sindical e sempre briguei contra uma reforma trabalhista que destruísse os direitos conquistados. Ninguém quer de volta o passado, mas queremos construir uma relação de trabalho moderna, que respeite o direito de trabalhadores — afirmou Lula, em um tom mais assertivo, conforme recomenda o jornalista Franklin Martins, que tende a permanecer na equipe.
Para liderar o segmento, frente as críticas ao marketing da campanha, o PT já teria um nome favorito para substituir o atual marqueteiro, Augusto Fonseca. Dirigentes da legenda, segundo notícias veiculadas em Brasília, já iniciaram as conversas com o publicitário baiano Sidônio Pereira.
Muito cara
O publicitário tocou o marketing da campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência em 2018; além de atuar na Bahia, para o atual governador do Estado, Rui Costa (PT), e o ex-governador baiano e atual senador Jaques Wagner (PT-BA). Lula teria concordado com assessores mais próximos, que não pouparam críticas às peças publicitárias levadas ao ar, até agora.
Para membros influentes da direção petista, segundo a colunista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP), consideram a estratégia de comunicação desastrosa e muito cara. “A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, por sua vez, já admitiu que a comunicação tem ‘problemas’, e que eles serão ajustados. O slogan ‘se a gente quiser, a gente pode’, criado por Fonseca, foi considerado uma cópia mal feita e a versão barata do lema da primeira campanha de Barack Obama à presidência dos EUA, ‘Yes, we can (sim, nós podemos)”, acrescentou.
Os valores previstos para a campanha publicitária chegariam a R$ 45 milhões, quase o dobro do que o partido previa.