Lula afirmou, ainda, que as Forças Armadas devem estar comprometidas com a democracia e devem cumprir estritamente o que está definido na Constituição.
Por Redação - de Salvador
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder isolado nas pesquisas eleitorais, questionou o silêncio daqueles militares que não concordam com a escalada autoritária imposta no discurso do adversário de ultradireita e presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O líder petista cobrou uma atitude dos quartéis comprometidos com democracia e garantiu que não irá tolerar ameaças ou tutela sobre as instituições democráticas.
Líder isolado nas pesquisas eleitorais, Lula questiona o silêncio dos militares que apoiam a democracia
— É preciso superar o autoritarismo e as ameaças antidemocráticas. Não toleraremos qualquer espécie de ameaça ou tutela sobre as instituições representativas do voto popular — afirmou pré-candidato a um terceiro mandato.
Lula afirmou, ainda, que as Forças Armadas devem estar comprometidas com a democracia e devem cumprir estritamente o que está definido na Constituição.
— O Brasil independente e soberano que queremos não pode abrir mão de suas Forças Armadas. Não apenas bem equipadas e bem treinadas, mas sobretudo as Forças Armadas comprometidas com a democracia — acrescentou.
Golpe
O ex-presidente frisou, ainda, que o Brasil precisa da normalidade institucional para sair da crise econômica em que se encontra e disse que as Forças Armadas sempre estarão ao lado da população.
— Tenho certeza que as forças armadas estarão ao lado do povo brasileiro na nossa luta por uma nova independência, como estiveram em momentos importantes da nossa história — observou.
Em seu pronunciamento para milhares de pessoas, no Centro Histórico da capital baiana, o petista ainda minimizou as chances de um golpe liderado por Bolsonaro e disse acreditar que haverá normalidade democrática.
Urna eletrônica
— Não aceitem o terrorismo, não acreditem no terrorismo que é feito na televisão de que vai ter golpe, que ele (Bolsonaro) está querendo criar caso — garantiu Lula.
O mandatário neofascista também foi criticado por suspeitar das urnas eletrônicas.
— “Esse cidadão foi eleito pelo voto eletrônico em 1998, em 2002, em 2006, em 2010, em 2014 e em 2018 e agora ele vem dizer que desconfia da urna eletrônica. Na verdade, ele está desconfiando é do povo brasileiro que não vai votar nele e vai derrotá-lo — concluiu Lula.