Rio de Janeiro, 23 de Julho de 2025

Lula se aproxima de aliança histórica com Kalil, para vencer em Minas

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Quinta, 10 de Março de 2022 às 10:59, por: CdB

A integração de Kalil à campanha, segundo o líder petista, deverá ocorrer após sua saída do cargo, no início de abril, em respeito à Lei Eleitoral. Ao PT, em Minas, caberá a indicação do nome para a uma vaga no Senado. A composição da chapa, segundo pesquisas internas do PT às quais a reportagem do Correio do Brasil teve acesso, tem mais chances de vitória no Estado.

Por Redação - de Belo Horizonte
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), possível candidato a um terceiro mandato no Palácio do Planalto, divulgou nesta quinta-feira o avanço no diálogo com o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PSD), para a formação de uma aliança histórica com o objetivo de conquistar o governo do Estado de Minas Gerais. Kalil, de centro-direita, aproxima-se da proposta de Lula, na centro-esquerda, como forma de ajustar uma "ajuda mútua” no combate ao avanço da ultradireita, no Estado, representada pelo atual governador, Romeu Zema (Novo).
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Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) é um dos favoritos para o governo do Estado de Minas Gerais
A integração de Kalil à campanha, segundo o líder petista, deverá ocorrer após sua saída do cargo, no início de abril, em respeito à Lei Eleitoral. Ao PT, em Minas, caberá a indicação do nome para a uma vaga no Senado. A composição da chapa, segundo pesquisas internas do PT às quais a reportagem do Correio do Brasil teve acesso, tem mais chances de vitória no Estado, em um segundo turno contra Zema.

Urgência

Na mesma entrevista a uma rádio mineira, nesta manhã, Lula ainda acrescentou que uma vez de volta ao governo, já a partir de 2023, proibirá o garimpo em terras indígenas, pauta em discussão no Congresso com apoio do chamado ‘Centrão’ e demais partidos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Na véspera, os deputados aprovaram requerimento de urgência do projeto que libera mineração em terra indígena, mas um acordo do presidente Arthur Lira (PP-AL) com a oposição adiou a votação do mérito do texto para abril, após a análise de um grupo de trabalho. A votação acontecia enquanto do lado de fora do Congresso era realizado o ‘Ato pela Terra’ contra a devastação da Amazônia. O pedido de urgência para a matéria foi aprovado por 279 a 180 — precisava da maioria absoluta de deputados para passar (pelo menos 257). Antes da votação, Lira anunciou a criação de um grupo de trabalho para debater a proposta, que deve ser votada em plenário até 14 de abril. Patrocinado por Bolsonaro, o projeto foi apresentado ao Congresso pelo ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, hoje desafeto do presidente e pré-candidato à Presidência.

Decisão certa

Ainda durante a entrevista, Lula disse que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), "nunca demonstrou intenção" de fato de ser candidato a presidente da República. Um dia antes, Pacheco desistiu de disputar a corrida ao Planalto neste ano. — Ele (Pacheco) tomou a decisão certa — afirmou Lula. Pacheco havia sinalizado a desistência já na terça-feira, quando disse que "nunca afirmou" que se lançaria na corrida pelo Palácio do Planalto. Em novembro, o PSD fez um evento em Brasília para lançar o nome de Pacheco, mas ele não conseguiu melhorar sua posição nas pesquisas e preferiu se manter no Senado, onde concorrerá novamente à Presidência da Casa.
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