Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Lula criticou a especulação intensa sobre quem seria o vice de sua candidatura. Diversos nomes já foram levantados, entre eles Josué Gomes, filho de José Alencar, a empresária Luiza Trajano e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Lula afirmou que a escolha de um vice para sua chapa em 2022 será baseada em critérios de afinidade política e de pensamento, assim como na proximidade do nome com os mais pobres.
Lula tem conversado com as mais diversas tendências políticas do cenário político brasileiro
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Lula criticou a especulação intensa sobre quem seria o vice de sua candidatura. Diversos nomes já foram levantados, entre eles Josué Gomes, filho de José Alencar, a empresária Luiza Trajano e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
— Eu escolhi o José de Alencar (para vice, em 2003) por causa do discurso que ele fez em Belo Horizonte, quando estava comemorando 50 anos de vida empresarial. Quando eu vi ele contar sua história, eu falei: encontrei meu vice", disse Lula.
— Eu tenho que ter alguém que tem afinidade comigo, alguém que pense economicamente muito parecido comigo, alguém que tenha uma visão social parecida comigo, alguém que conheça como é que vive o povo pobre desse país — acrescentou o petista.
Cuba
Na véspera, o presidente Lula comentou a situação de Cuba durante a pandemia de covid-19 e pediu o fim do bloqueio econômico imposto à ilha há seis décadas pelos Estados Unidos. O comentário ocorreu durante a entrevista, questionado sobre uma manifestação ocorrida em Cuba no domingo e repercutida por veículos de imprensa e canais de internet.
— O que está acontecendo em Cuba de tão especial? Houve uma passeata em Cuba. Aliás, numa das televisões a que eu assisti, o presidente de Cuba (Miguel Díaz-Canel) estava na passeata, conversando com as pessoas. Há razões de ter protesto em Cuba? Há. Cuba é um país que está empobrecido por conta de um bloqueio que é muito sério, são 60 anos de bloqueio. Nessa questão da pandemia, é desumano manter o bloqueio porque quem morre é criança, quem morre são os velhos, são pessoas que não estão em guerra — afirmou.
Lula acrescentou que a manifestação não foi reprimida com violência.
— Você não viu nenhum soldado ajoelhado no pescoço de um negro matando ele — comentou Lula, lembrando a morte de George Floyd, nos Estados Unidos.
O bloqueio torna-se “ainda mais desumano durante a pandemia”, resumiu.