Para o biólogo que chefia o setor de mamíferos do Zoológico, Luan Morais, o sucesso do nascimento em cativeiro é importante para a conservação da espécie.
Por Redação, com ACS – de São Paulo
Ícones de um bioma cada vez mais degradado, no Brasil, os dois filhotes de lobo-guará que nasceram em cativeiro, no Zoológico de São Paulo, mobilizaram o público que passeava pelo local, neste domingo. Caju e Pitanga, exemplares macho e fêmea que sobreviveram à captura, aumentam a expectativa dos cientistas pela preservação da espécie.

Para o biólogo que chefia o setor de mamíferos do Zoológico, Luan Morais, o sucesso do nascimento em cativeiro é importante para a conservação da espécie.
— A reprodução sob cuidados humanos do lobo-guará é um desafio, pois exige condições específicas de manejo, espaço e tranquilidade para o casal reprodutor — relata.
Visitação
O nascimento, ocorrido no dia 17 de maio, foi assistido para que os filhotes recebessem os cuidados de veterinários e biólogos em área restrita, longe dos olhos dos visitantes. Neste domingo, fortalecidos e já fora de qualquer perigo, foram levados com a mãe para apresentação ao público.
Considerado o maior canídeo da América do Sul, o lobo-guará recebe esse nome devido à cor do seu pelo —”guará” vem da palavra tupi-guarani para “vermelho”. Ele é atualmente classificado como vulnerável à extinção pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e como quase ameaçado pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
Seu habitat natural são os campos abertos da América do Sul, entre o sul do Peru e o Uruguai. No Brasil, vive principalmente no cerrado — bioma que enfrenta altos níveis de desmatamento, impulsionado principalmente pelo avanço do agronegócio.