O presidente da Câmara havia na semana passada defendido o auxílio a R$ 300. O valor anunciado agora é um meio-termo entre o que era defendido por Paulo Guedes (R$200) e Jair Bolsonaro (R$300). O tema foi alvo de debates entre os presidentes da Câmara, do Senado e o atual mandatário da República.
10h46 - de Brasília
Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) adiantou que o auxílio emergencial deverá ser pago em parcelas de R$250, a partir de junho. Lira também anunciou que o governo deve entregar 140 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 entre os meses de março, abril e maio.
Estes e outros assuntos foram discutidos, na véspera, em reunião com Jair Bolsonaro, segundo Lira. O presidente da Câmara havia na semana passada defendido o auxílio a R$ 300. O valor anunciado agora é um meio-termo entre o que era defendido por Paulo Guedes (R$200) e Jair Bolsonaro (R$300).
Bolsonaro se reuniu, no domingo, com a cúpula do Congresso Nacional e ministros do governo no Palácio da Alvorada. O encontro não entrou na agenda oficial do presidente da República. O encontro serviu para o governo traçar um cenário sobre a pandemia de covid-19, que atingiu novos recordes diários e provocou fechamento de atividades econômicas, e para "contar votos" da PEC emergencial no Senado.
Pesquisas
A votação está marcada para esta quarta-feira.
Convocada a toque de caixa, a reunião da cúpula do governo com os líderes do Parlamento reflete as pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias. Todas elas registraram um novo pico de avaliações negativas, conforme assinala o mais recente boletim do Núcleo de Opinião Pública, Pesquisa e Estudos (NOPPE) da Fundação Perseu Abramo, que considera estudos divulgados por Datafolha, XP/Ipespe, PoderData, Atlas e Ideia Big Data.
O boletim mostra também que, entre o segmento de menor renda, a reprovação aumentou 14% de dezembro a janeiro, chegando a 41%. Na região Nordeste, a reprovação aumentou 9% no mesmo período, chegando a 43%. No Sudeste, o aumento foi de 10%. As mulheres, os mais jovens (de 16 a 24 anos) e negros ou negras são os principais grupos que rejeitam o presidente.