Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Julgamento de golpistas na Primeira Turma se consolida junto ao STF

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Sexta, 21 de Fevereiro de 2025 às 19:37, por: CdB

Embora alguns daqueles que não fazem parte do colegiado tenham dito que a questão deveria ser levada ao Plenário, outros acreditam que julgar o ex-mandatário neofascista na Primeira Turma evita desgastes para os demais integrantes do STF.

Por Redação – de Brasília

Embora a decisão do ministro Alexandre de Moraes de manter o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), caso seja aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de golpe de Estado, entre outros, tenha gerado reações contraditórias entre os integrantes da Corte, a maioria concorda com a medida.

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Julgamento de Bolsonaro na Primeira Turma do STF tende a ser consolidado

Segundo levantamento procedido junto aos magistrados do STF pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP), e divulgado nesta sexta-feira, a decisão é vista como estratégica e benéfica para o Tribunal por grande parte dos ministros.

Embora alguns daqueles que não fazem parte do colegiado tenham dito que a questão deveria ser levada ao Plenário, outros acreditam que julgar o ex-mandatário neofascista na Primeira Turma evita desgastes para os demais integrantes do STF. 

Um dos magistrados declarou à coluna que a escolha impede que toda a Corte se envolva em um embate direto com a base bolsonarista, que já se mostra hostil ao Tribunal. A preocupação se justifica diante da crescente pressão de parlamentares aliados ao ex-presidente e da expectativa de que esses ataques se intensifiquem após as eleições do ano que vem.

 

Cenário

A opção de Moraes evidencia, no entanto, um dilema interno na Corte. Ainda que alguns ministros priorizem a estratégia institucional e a eficiência processual, outros propõem um julgamento mais amplo para garantir que o veredito seja respaldado pela totalidade do Tribunal.

O desdobramento do impasse poderá, assim, apresentar aspectos dissonantes na relação entre o STF e as forças políticas de ultradireita, ligadas ao ex-presidente, especialmente diante do acirramento do cenário político nos próximos anos.

Outro ponto favorável à decisão, porém, é a possibilidade de um julgamento mais rápido. Com apenas cinco ministros participando da análise do caso, espera-se que o processo tramite com maior celeridade em comparação a um julgamento no plenário, que envolve os 11 integrantes do Supremo.

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