O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, expressou nesta terça-feira sua consternação com o número assustadoramente alto de execuções este ano no Irã.
Por Redação, com Reuters - de Genebra/Beirute
O Irã executou 209 pessoas até o momento este ano, disse uma porta-voz do escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, descrevendo o histórico do país nesta área como "abominável" e pedindo que as execuções parem.

– O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, expressou nesta terça-feira sua consternação com o número assustadoramente alto de execuções este ano no Irã – disse Ravina Shamdasani em uma coletiva de imprensa em Genebra.
– Em média, até agora neste ano, mais de 10 pessoas são condenadas à morte a cada semana no Irã, tornando-o um dos maiores executores do mundo – acrescentou, dizendo que a maioria foi por crimes relacionados a drogas.
Sírios se dividem sobre readmissão do país na Liga Árabe
Facções sírias tiveram reações mistas à decisão da Liga Árabe de encerrar a suspensão da adesão da Síria após mais de uma década de isolamento, ressaltando as profundas divisões abertas no país por anos de derramamento de sangue.
A decisão tomada no domingo pelos ministros das Relações Exteriores dos países da Liga Árabe consolida um esforço regional para normalizar os laços com o presidente Bashar al-Assad, cujo país foi suspenso do órgão em 2011 após sua repressão contra a oposição.
Desde então, centenas de milhares morreram, milhões foram deslocados internamente e ao exterior e a infraestrutura foi devastada por anos de bombardeio.
Readmitir a Síria na Liga Árabe foi um "choque" para os sírios e "matará o processo político", disse Bader Jamous, chefe da equipe de negociação da oposição nas paralisadas negociações de paz das Nações Unidas.
A oposição foi durante anos apoiada por países que agora apoiam a normalização, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. No Twitter, Jamous disse que os oponentes de Assad "não foram consultados" sobre as decisões da Liga Árabe.
Faixas do norte da Síria ainda estão sob controle de grupos rebeldes apoiados pela Turquia e protestos contra a normalização com Assad ocorreram nos últimos meses.
A Campanha Síria, que atua pelas vítimas de abusos de direitos na Síria, disse que a ação de domingo "envia uma mensagem assustadora" e enfiou "um prego final no caixão das esperanças de liberdade e democracia da Primavera Árabe".
Outros foram mais positivos. O Conselho Democrático Sírio, órgão político que governa as regiões semiautônomas do nordeste da Síria, afirmou que "saudava" a decisão de levantar a suspensão da Síria em um comunicado na segunda-feira.
Alguns ativistas políticos sírios com laços com o governo, incluindo o ex-vice-primeiro-ministro Qadri Jamil, encorajaram cautelosamente a medida em um comunicado online.