Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2025

Inflação mantém ritmo de alta intensa no primeiro mês do ano

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Quarta, 09 de Fevereiro de 2022 às 12:42, por: CdB

A taxa está acima de 10% há cinco meses. Desta vez, o destaque de alta foram os alimentos, já que preços de combustíveis e energia, entre outros, recuaram. Assim, de acordo com os resultados divulgados nesta quarta-feira, o grupo Alimentação e Bebidas subiu 1,11% – o item alimentação no domicílio foi de 0,79%, em dezembro, para 1,44%.

Por Redação - do Rio de Janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registou alta de 0,54% no primeiro mês do ano, maior taxa de inflação para janeiro desde 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador oficial no país atinge 10,38% em 12 meses. A tendência de alta dos preços permanece para o mês atual.
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A inflação deve terminar este ano acima da meta e na casa dos dois dígitos, segundo o Banco Central
A taxa está acima de 10% há cinco meses. Desta vez, o destaque de alta foram os alimentos, já que preços de combustíveis e energia, entre outros, recuaram. Assim, de acordo com os resultados divulgados nesta quarta-feira, o grupo Alimentação e Bebidas subiu 1,11% – o item alimentação no domicílio foi de 0,79%, em dezembro, para 1,44%. O IBGE destaca altas de frutas (3,40%) e carnes (1,32%), embora menos intensas do que no mês anterior. Também aumentaram os preços médios de café moído (4,75%), na 14ª elevação seguida. Com isso, o produto soma 56,87% em 12 meses.

Transportes

O instituto cita ainda cenoura (aumento de 27,64% no mês), cebola (12,43%), batata inglesa (9,65%) e tomate (6,21%). Entre as quedas, arroz (-2,66%), frango inteiro (-0,85%) e em pedaços (-0,71%). Já a alimentação fora do domicílio subiu menos, de 0,98% para 0,25%. A refeição aumentou 0,44% e o lanche caiu 0,41%. O grupo Transportes foi o único com queda no mês (-0,11%), sob influência de recuos nos preços das passagens aéreas (-18,35%) e dos combustíveis (-1,23%), item que vinha sofrendo altas sucessivas. Segundo o IBGE, o preço médio da gasolina caiu 1,14% (subiu praticamente 50% ao longo de 2021), enquanto os do etanol e do gás veicular diminuíram 2,84% e 0,86%, respectivamente. Já o óleo diesel aumentou 2,38%. Também caíram itens com transporte por aplicativo (-17,96%) e aluguel de veículo (-3,79%). O IBGE registrou ainda altas nos preços de motocicletas (2,45%) e automóveis novos (2,19%) e usados (1,53%). Com reajuste no Rio de Janeiro, o táxi subiu 1,23%, enquanto o ônibus urbano aumentou 0,22%, com reajustes em Fortaleza, Vitória e Campo Grande.

Destaques

No grupo Habitação, a alta foi menor: 0,16%, ante 0,74% em dezembro. A energia elétrica caiu 1,07%, com impacto de -0,05 ponto percentual no resultado do IPCA. Depois de 19 meses, o preço médio do gás de botijão caiu (-0,73%). Mas o gás encanado teve aumento de 3,13%, com reajuste em São Paulo. E a tarifa de água e esgoto subiu 0,15%, depois de reajuste em Campo Grande. Nos demais grupos, Artigos de Residência subiu 1,82%, com influência de eletrodomésticos e itens como mobiliário, TV e informática. Em Vestuário (1,07%), destaque para roupas masculinas, calçados e acessórios e roupas femininas, que somados tiveram impacto de 0,04 no índice geral. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,67%, também o maior para janeiro desde 2016. Soma agora 10,60% em 12 meses. Segundo o IBGE, os produtos alimentícios foram de 0,76%, em dezembro, para 1,08%. Já os não alimentícios, de 0,72% para 0,54%.
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