Rio de Janeiro, 06 de Julho de 2025

Incêndios forçam retirada de moradores na Grécia

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Quinta, 03 de Julho de 2025 às 11:01, por: CdB

Mais de 230 bombeiros combatem as chamas, apoiados por uma dezena de helicópteros e de veículos.

Por Redação, com RTP – de Atenas

Ao menos 1,5 mil pessoas foram retiradas durante a noite de casas, hotéis e empreendimentos turísticos na zona sul da ilha de Creta, na Grécia. Um violento incêndio, agravado por ventos fortes, obrigou as autoridades a evacuarem a área. A imprensa local relata danos em estruturas, falta de energia elétrica, mas nenhuma vítima.

Incêndios forçam retirada de moradores na Grécia | Retirada incluiu turistas que estavam em hoteis na Ilha de Creta
Retirada incluiu turistas que estavam em hoteis na Ilha de Creta

Mais de 230 bombeiros combatem as chamas, apoiados por uma dezena de helicópteros e de veículos. O fogo, que começou na quarta-feira à tarde perto da cidade de Ierapetra, consome zonas de floresta, plantações de oliveiras e tinha, na mais recente atualização, três frentes ativas. Outro fogo, em Halkidiki, obrigou novo esforço dos bombeiros, com mais de 160 agentes.

– As evacuações ocorreram em muitos hotéis, e os turistas foram transferidos em segurança para um ginásio fechado no município de Ierapetra, cidade na costa sudeste de Creta – disse o vice-prefeito de Lasithi, Yannis Androulakis, à Mega TV. Outros abandonaram a ilha de barco.

A região recebeu reforços operacionais de Atenas, e os bombeiros lutam para controlar vários focos provocados pelos ventos, disse o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis.

– Há rajadas de vento na área, algumas de 9 na escala Beaufort, que estão provocando novos focos e dificultando os esforços de combate ao fogo – acrescentou Vathrakogiannis.

Segundo ele, há mais forças a caminho. Dezessete bombeiros e uma equipe de infantaria da 1ª Unidade Especial de Combate a Incêndios Florestais (Emode) seguem de barco, juntamente com cinco carros de bombeiros, enquanto 33 agentes e quatro equipes adicionais da EMODE devem chegar de avião de Elefsina.

Julho

O mês de julho é considerado o pior em termos de incêndios florestais, já que reúne altas temperaturas, pouca umidade e ventos fortes. A Grécia e outros países do Mediterrâneo estão localizados em área que os cientistas chamam de “foco de incêndios florestais”, comuns durante verões quentes e secos. Segundo as autoridades, esses focos tornaram-se mais destrutivos nos últimos anos devido às rápidas mudanças climáticas.

Em 2024, a Grécia teve o verão mais quente já registrado. Cerca de 45 mil hectares foram queimados, de acordo com a organização não governamental WWF Grécia e o Observatório Nacional de Atenas. Mas 2023 continua a ser o ano mais destrutivo em termos de área queimada, com quase 175 mil hectares atingidos e 20 mortes registradas.

O sul da Europa tem sido afetado por elevadas temperaturas. Há dois incêndios na Turquia e, na segunda-feira, mais de 50 mil pessoas tiveram de ser retiradas da região turca de Esmirna devido a um violento incêndio. Foram centenas de focos desde a última sexta. Na Espanha, duas pessoas morreram em incêndios há poucos dias.

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