Ao criticar a política econômica do governo Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-presidente Lula brincou com o conhecido bordão do ex-BBB: “o Brasil ‘tá’ lascado”. “O Brasil não está lascado. É esse governo que está lascando o Brasil”, afirmou o líder petista, durante entrevista transmitida, ao vivo, pelas redes sociais.
Por Redação, com BdF - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado para debater soluções para a crise econômica brasileira no programa “Triangulando”, veiculado na noite desta quarta-feira (1º) pelas redes sociais da médica e influenciadora digital Thelma Assis, a Thelminha.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aponta os riscos que o país corre com o atual governo de Jair Bolsonaro (sem partido)
— Para governar é preciso definir prioridades. Você tem que priorizar os mais pobres. E o que está acontecendo hoje é que os mais pobres foram esquecidos — afirmou Lula, após Thelminha apresentar dados sobre a desigualdade social do país.
Também participaram da transmissão a cantora Linn da Quebrada, o fundador da Central Única das Favelas, Celso Athayde, e o participante da edição de 2021 do programa Big Brother Brasil (BBB) e economista Gil do Vigor.
Desigualdade
Ao criticar a política econômica do governo Jair Bolsonaro (sem partido), Lula brincou com o conhecido bordão do ex-BBB: “o Brasil ‘tá’ lascado”.
— O Brasil não está lascado. É esse governo que está lascando o Brasil — afirmou o ex-presidente, em tom bem-humorado, a Gil do Vigor.
O economista ressaltou a importância da educação para superar a desigualdade social.
— Eu sou um exemplo. Eu vim de escola pública, consegui acesso à escola pública através do sistema de cotas. E cota não é esmola — declarou.
Favela
Linn da Quebrada falou sobre os obstáculos na busca pela melhora de condições de vida para quem vive nas periferias.
— Acredito que o mundo seja um dos maiores obstáculos, com suas estruturas estruturantes e paralisantes — afirmou a artista, que cresceu na Fazenda da Juta, em São Paulo.
Ex-morador de rua, Celso Athayde relatou como é sentir na pele a marginalização decorrente da desigualdade social.
— Quem mora em favela, em periferia, sempre foi isolado socialmente. Essa expressão pode ser nova, mas para essas pessoas não é nova — denunciou.
Universidade
Na conversa, Gil se utilizou como um exemplo de como a política de inclusão da população no ensino superior dos governos petistas rendeu frutos ao país.
— Eu vim de escola pública e hoje eu estou no PhD. Isso não seria possível se alguém não tivesse entendido a importância de trazer o pobre para onde ele está — descreveu.
Thelminha citou o ProgramaUniversidade para Todos como sua porta de entrada à universidade.
— Se hoje eu estou aqui de frente para o senhor, olhando para o seu olho, é porque eu recebi de alguma forma uma oportunidade lá atrás — resumiu, dirigindo-se a Lula.