Dona da caneta que libera as emendas parlamentares, o Planalto já definiu que o nome escolhido para presidir a CPMI é o do senador Omar Aziz (PSD-AM), visto como próximo do Planalto e com histórico de atuação ponderada.
Por Redação – de Brasília
Uma vez instalada, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes bilionárias em benefícios do INSS abriu a disputa entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a oposição de ultradireita. Ambos tentam influenciar o chamado ‘Centrão’ para garantir maioria na composição do colegiado, que terá poder para convocar testemunhas, requisitar documentos sigilosos e sugerir indiciamentos.

Dono da caneta que libera as emendas parlamentares, o Planalto já definiu que o nome escolhido para presidir a CPMI é o do senador Omar Aziz (PSD-AM), visto como próximo do Planalto e com histórico de atuação ponderada. Aziz exerceu a Presidência da CPI da Covid, em 2021. Já a relatoria, cargo de maior poder dentro da comissão, será indicada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e aí mora o desconforto do núcleo político governista. Motta tem passado sinais controversos sobre o alinhamento aos interesses da base aliada a Lula.
Centro-direita
Nos bastidores, o governo trabalha para emplacar alguém “com perfil conciliador” e tem trabalhado o nome da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), uma das autoras do requerimento de criação da CPMI e com boa interlocução junto ao Executivo. A oposição, por sua vez, pressiona para impedir sua escolha e articula nomes alternativos.
Hugo Motta já disse que pretende escolher um deputado “neutro” e prometeu anunciar a decisão até a próxima semana. Nos bastidores, é dado como provável que o escolhido venha de uma legenda de centro-direita, com o União Brasil entre os cotados.
A composição da CPMI terá 30 titulares, sendo 15 deputados e 15 senadores.