Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Formação de frente ampla depende da sociedade civil, alerta senador

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Quarta, 03 de Março de 2021 às 13:15, por: CdB

Segundo o senador Requião (MDB-PR), a frente ampla é “possível e necessária”, mas pelas divergências entre os políticos, a melhor solução é uma união criada pela sociedade, movimentos sociais e diversas lideranças.

Por Redação, com RBA - de São Paulo

O debate da construção de uma frente ampla progressista está em pauta para derrotar o governo de Jair Bolsonaro e seu projeto de poder que respira morte, pobreza e o fim da soberania nacional. Para as eleições presidenciais de 2022, o senador Roberto Requião (MDB-PR) apoia a criação de uma unidade tática e estratégica, que defenda princípios e enfrente o fascismo, mas não acredita que a coligação de forças passará pelos partidos políticos.

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O senador Roberto Requião (MDB-PR) apoia a formação de uma frente popular contra o fascismo

Segundo Requião, a frente ampla é “possível e necessária”, mas pelas divergências entre os políticos, a melhor solução é uma união criada pela sociedade, movimentos sociais e diversas lideranças.

— Seria importante, mas há complicações (para reunir os partidos). A frente ampla precisa ser da sociedade civil — afirmou o parlamentar durante o programa de entrevistas República e Democracia – O Futuro não Espera, idealizado pelo ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro e que foi ao ar na noite desta terça-feira pela TVT.

Soberania

Na avaliação do parlamentar, seria importante que a esquerda e a centro-esquerda disputassem a eleição “em um só projeto, com apenas um candidato”. Caso contrário, avalia, a vitória de Bolsonaro pode ser facilitada.

— É preciso deixar o ego de lado, porque é fato que, durante as eleições, (os partidos de esquerda) vão começar a se bater, virar uma guerra entre nós e perderemos a eleição, ainda no primeiro turno — alertou.

O senador emedebista diz que a melhor estratégia para 2022 é criar um governo de transição, ou seja, um projeto de poder de quatro anos para vencer o bolsonarismo e restabelecer a democracia. De acordo com ele, três eixos precisam guiar esse programa: soberania, democracia e restabelecimento da valorização do trabalho.

— O Bolsonaro defende o Banco Central independente; isso significa abrir mão de governo do país. O projeto desse governo é não ser um governo, é privatizar tudo. O presidente é um animador de picadeiro que está à frente de um projeto feito pelo grande capital. Precisamos resistir a isso — acrescentou.

Além de Genro, também participaram da conversa a jornalista Sandra Bitencourt e o ex-secretário de Assuntos Federativos do Governo Lula, Vicente Trevas.

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