Os militares disseram que o centro de comando era usado para planejar e dirigir “atividades terroristas” da Jihad Islâmica contra Israel.
Por Redação, com Reuters e CartaCapital – de Beirute
Israel realizou um ataque aéreo na capital síria, Damasco, nesta quinta-feira, tendo como alvo o que os militares disseram ser um centro de comando pertencente ao grupo militante palestino Jihad Islâmica, usado para dirigir “atividades terroristas” contra Israel.

Um vídeo de nove segundos divulgado pelos militares, supostamente mostrando o ataque aéreo, capturou o que parecia ser uma explosão no limite de um prédio, seguida por uma espessa nuvem de fumaça.
Os militares disseram que o centro de comando era usado para planejar e dirigir “atividades terroristas” da Jihad Islâmica contra Israel.
O porta-voz da Jihad Islâmica, Muhammad al-Haj Musa, negou que o prédio alvo fosse um centro de comando, escrevendo no Telegram que se tratava de uma casa vazia.
Duas fontes de segurança sírias disseram à agência inglesa de notícias Reuters que o alvo era uma pessoa palestina. Não ficou imediatamente claro se houve vítimas. A agência de notícias estatal da Síria informou que o prédio estava localizado na periferia de Damasco.
Síria cria ‘Conselho de Segurança Nacional’ após massacres
As novas autoridades sírias criaram um “Conselho de Segurança Nacional”, presidido pelo presidente interino Ahmed al Sharaa, anunciou nesta quarta-feira 12 a Presidência, depois que cerca de 1,4 mil civis foram mortos desde 6 de março.
Em decreto publicado em sua conta oficial no Telegram, a Presidência indicou que Sharaa decidiu “formar o Conselho de Segurança Nacional”, que estará encarregado de “coordenar e gerir as políticas de segurança”.
Segundo o decreto, o Conselho foi criado “para reforçar a segurança nacional e responder aos desafios de segurança e políticos”.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG radicada no Reino Unido com uma vasta rede de informantes na Síria, pelo menos 1.383 civis foram mortos pelas forças de segurança sírias e de grupos aliados desde 6 de janeiro, em uma área altamente povoada por alauítas no oeste do país.
O ex-presidente sírio Bashar al Assad, deposto em dezembro por uma coalizão dirigida por islamistas, pertence a essa minoria religiosa.
O Conselho será composto pelos ministros de Relações Exteriores, Defesa e Interior; pelo diretor do serviço de inteligência, por dois membros de caráter “consultivo” nomeados pelo presidente e um “especialista”, segundo o decreto.
O Conselho se reunirá de forma “periódica” e “as decisões sobre segurança nacional e os desafios enfrentados pelo Estado serão implementadas em consulta com os membros”, segundo a fonte.