Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Força russa ataca porto na Ucrânia pela segunda noite consecutiva

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Quarta, 19 de Julho de 2023 às 11:13, por: CdB

Depois do anúncio de saída da Rússia do acordo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que as operações podem seguir sem o Kremlin.


Por Redação, com Poder360 - de Kiev


A Rússia lançou na madrugada desta quarta-feira um ataque aéreo ao porto ucraniano de Odessa pela segunda noite consecutiva. Serhiy Bratchuk, porta-voz da administração militar de Odessa disse que o ataque foi “muito poderoso”. As informações são da agência inglesa de notícias Reuters.




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Porta-voz da administração militar de Odessa disse o ataque foi “muito poderoso”; na foto, porto de Odessa

O Kremlin anunciou na segunda-feira que está deixando o acordo com a Ucrânia para que o país exporte sua produção de grãos pelo Mar Negro.


A Força Aérea da Ucrânia disse que 63 mísseis e drones foram lançados em todo o país pela Rússia no ataque noturno desta quarta-feira. Desses, 37 foram abatidos. Conforme o órgão, a maioria dos ataques foi concentrada em instalações na região de Odessa. “(O ataque) atingiu um terminal de grãos e petróleo”, declarou.


Odessa tem sido atacada de forma frequente desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.


Segundo Bratchuk, a Rússia “está tentando assustar o mundo inteiro”, de forma especial quem trabalha para escoar os grãos ucranianos, como a Turquia e a ONU (Organização das Nações Unidas).


– Mas acho que todas as pessoas normais e racionais vão olhar e dizer: ‘Odessa não teve medo, não tem medo e não terá medo. Vamos trabalhar – falou.



Exportação de grãos


O acordo para exportação de grãos foi firmado em 22 de julho do ano passado por meio da intermediação da Turquia e da ONU. Ele foi prorrogado três vezes: em novembro do ano passado, março e maio deste ano.


A tratativa tem como objetivo evitar uma crise alimentar global e permitiu a reabertura de portos ucranianos ocupados pelo Exército russo no sul, liberando o escoamento de toneladas de grãos da Ucrânia. O bloqueio feito no início da guerra fez com que preços de alimentos subissem em todo o mundo, aumentando a escassez global e comprometendo a segurança alimentar.


Depois do anúncio de saída da Rússia do acordo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que as operações podem seguir sem o Kremlin.


Em vídeo publicado em seu perfil no Twitter, Zelensky afirmou ter enviado cartas ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, com uma proposta para manter o acordo.


– A Ucrânia, a ONU e a Turquia podem garantir, conjuntamente, a operação do corredor alimentar e a inspeção dos navios – disse o presidente ucraniano.


Zelensky também afirmou que “a comida ucraniana é a segurança básica para 400 milhões de pessoas” e que a “chantagem” da Rússia não pode “impedir que os alimentos cheguem à mesa dessas pessoas”.



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