Após a decisão, o advogado de Gilson Machado, Célio Avelino, disse que o mandado de soltura já havia sido expedido. Com o documento, o ex-ministro seria solto apenas algumas horas depois.
Por Redação – de Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar na noite passada o ex-ministro Gilson Machado, que chefiou a pasta do Turismo durante o governo de Jair Bolsonaro. O político foi preso na manhã de sexta-feira, no Recife, por determinação do ministro pela suspeita de tentar emitir um passaporte português para o ex-ajudante de ordens do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, delator nas investigações sobre a trama golpista.

Após a decisão, o advogado de Gilson Machado, Célio Avelino, disse que o mandado de soltura já havia sido expedido. Com o documento, o ex-ministro seria solto apenas algumas horas depois. Em substituição à prisão, Gilson deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento obrigatório à Justiça, cancelamento do passaporte, proibição de sair do país e de manter contato com investigados pela trama golpista.
Pela manhã, na véspera, Mauro Cid prestou depoimento à Policia Federal (PF) e negou ter a intenção de sair do país. De acordo com as investigações, a família dele embarcou para os Estados Unidos no mês passado. Em março deste ano, Moraes cobrou explicações do militar sobre a tentativa de obtenção do passaporte português.
Cidadania
Na ocasião, o advogado Cesar Bittencourt disse que Cid deu entrada no pedido de cidadania portuguesa no dia 11 de janeiro de 2023 (após os ataques de 8 de janeiro). Segundo a defesa, o pedido foi feito “única e exclusivamente” porque a esposa e as filhas dele já possuem a cidadania portuguesa.
Bittencourt confirmou que a carteira de identidade portuguesa foi expedida e enviada em 2024. O advogado disse ainda que “carteira portuguesa é apenas um documento de identificação”, que tem validade naquele país.