Os Estados Unidos viram ciberataques da China em 2021, quando milhares de servidores Microsoft Exchange foram atingidos ou comprometidos no país norte-americano e ao redor do mundo. Em junho de 2022, os EUA advertiram que grupos cibercriminosos apoiados pela China estavam visando as principais empresas.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Segundo a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura americana, a China representa uma ameaça de longo prazo para a segurança cibernética dos EUA.
Os EUA veem uma grande ameaça cibernética vinda da China, disse na segunda-feira Brandon Wales, diretor-executivo da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês) americana.
– Enfrentamos ameaças de uma variedade de Estados nacionais. A da Rússia tem sido obviamente muito aguda, mas a longo prazo a ameaça representada pela atividade maliciosa vinda da China é substancial – disse Wales durante uma palestra virtual organizada pela Associação de Banda Larga Rural (RBA, na sigla em inglês) dos EUA.
– Eles são obviamente uma grande preocupação para nós – sublinhou ele.
Wales disse que Washington vê uma grande quantidade de atividade chinesa, e que ela visa comprometer as redes de espionagem para explorá-las em ataques futuros.
Os Estados Unidos viram ciberataques da China em 2021, quando milhares de servidores Microsoft Exchange foram atingidos ou comprometidos no país norte-americano e ao redor do mundo, segundo ele.
Em junho de 2022, os EUA advertiram que grupos cibercriminosos apoiados pela China estavam visando as principais empresas de telecomunicações desde 2020.
Proliferação de ataques
A proliferação de ataques de segurança cibernética associados à China foi uma das questões abordadas no domingo pelo diretor do FBI, Christopher Wray, que afirmou que as autoridades de inteligência enfrentam ameaças de segurança cibernética e de espionagem da China "sem precedentes na história".
– A maior ameaça que enfrentamos como país do ponto de vista de contrainteligência é da República Popular da China e, especialmente, do Partido Comunista Chinês – disse Wray, acusando a China de visar a inovação norte-americana, segredos comerciais e propriedade intelectual "em uma escala sem precedentes na história".
O chefe do FBI falava no programa 60 Minutos emitido no domingo. A entrevista decorreu na sede do FBI em Washington, DC, em 21 de abril.
– Eles roubaram mais dados pessoais e empresariais dos americanos do que todas as nações juntas – afirmou Wray, observando que o escopo do programa de hacking ligado à China tem como alvo todos os setores da economia dos EUA, incluindo agricultura, tecnologia, saúde e aviação.
No momento da entrevista, em 21 de abril, os 56 escritórios do FBI estavam realizando mais de 2 mil investigações de contrainteligência associadas à China.