Rio de Janeiro, 06 de Setembro de 2025

EUA advertem Rússia sobre independência de regiões na Ucrânia

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Quarta, 16 de Fevereiro de 2022 às 10:50, por: CdB

O reconhecimento das regiões autodeclaradas pode matar o processo de paz de Minsk no leste da Ucrânia, onde um conflito na região conhecida como Donbass, entre forças do governo e separatistas apoiados por Moscou, custou 15 mil vidas.

Por Redação, com Reuters - de Washington

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, criticou nesta quarta-feira decisão de parlamentares russos, de reconhecer duas regiões separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia como independentes, dizendo que seria ilegal e atrairia resposta rápida.
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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken
A Duma, câmara baixa do Parlamento russo, votou nessa terça-feira para pedir ao presidente Vladimir Putin que reconheça as autodeclaradas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk. A União Europeia disse à Rússia para não seguir adiante. – A promulgação dessa resolução prejudicaria ainda mais a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, constituiria uma violação grosseira do direito internacional, colocaria em questão o compromisso declarado da Rússia de continuar a se envolver na diplomacia para alcançar resolução pacífica desta crise – disse Blinken. O secretário dos EUA também afirmou que a medida "necessitaria de resposta rápida e firme dos Estados Unidos em total coordenação com aliados e parceiros". A medida da Duma, se aprovada, pode gerar impasse mais amplo sobre escalada militar russa perto da Ucrânia, que tem alimentado temores ocidentais de que Moscou possa atacar. A Rússia nega qualquer plano de invasão e acusa o Ocidente de histeria.

Medida da Duma

O reconhecimento das regiões autodeclaradas pode matar o processo de paz de Minsk no leste da Ucrânia, onde um conflito na região conhecida como Donbass, entre forças do governo e separatistas apoiados por Moscou, custou 15 mil vidas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Putin "tomou nota" do pedido do Parlamento, mas que não estaria em linha com os acordos de Minsk de 2014-2015 destinados a encerrar o conflito.
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