Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Em Haia, Ucrânia diz que Rússia mente para justificar guerra

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Terça, 19 de Setembro de 2023 às 13:08, por: CdB

Kiev argumenta que a Rússia está abusando da lei internacional ao dizer que a invasão foi justificada para impedir um suposto genocídio no Leste da Ucrânia.


Por Redação, com ABr - de Nova York


A Ucrânia disse nesta terça-feira ao mais alto tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) em Haia que a Rússia justificou a guerra contra o país invocando "uma terrível mentira" de que a invasão de Moscou era para impedir um suposto genocídio.




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Na Corte Internacional, país invadido quer indenização

– A comunidade internacional adotou a Convenção sobre Genocídio para proteger. A Rússia invoca a Convenção sobre Genocídio para destruir – disse o representante da Ucrânia na corte, Anton Korynevych, aos juízes.


Ele pediu que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) decida que tem jurisdição para ouvir o caso por completo e, eventualmente, decidir que a Rússia deve pagar indenizações pela invasão sob um falso pretexto.


– Um Estado pode usar falsas alegações de genocídio como pretexto para destruir cidades, bombardear civis e deportar crianças de suas casas? Quando a Convenção sobre Genocídio é abusada de forma tão cínica, este tribunal é impotente? A resposta a essas perguntas deve ser 'não' – disse Korynevych.


Na segunda-feira, a Rússia pediu que a CIJ, também conhecida como Corte Mundial, rejeitasse o caso, alegando que os argumentos legais de Kiev eram "irremediavelmente falhos".


A Ucrânia apresentou o caso à Corte dias após a invasão russa em 24 de fevereiro do ano passado.


Kiev argumenta que a Rússia está abusando da lei internacional ao dizer que a invasão foi justificada para impedir um suposto genocídio no Leste da Ucrânia.


A Ucrânia já superou um obstáculo, pois o tribunal se posicionou a seu favor em uma decisão preliminar sobre o caso em março do ano passado. Com base nisso, o tribunal ordenou que a Rússia interrompesse imediatamente as ações militares na Ucrânia.



Rússia


Até o momento, a Rússia ignorou as ordens da CIJ para interromper suas ações militares, mas o tribunal não tem como fazer cumprir suas decisões. Os especialistas afirmam que uma decisão total a favor da Ucrânia pode abrir caminho para o pagamento de indenizações.


As audiências, programadas para ocorrer até 27 de setembro, se concentrarão em argumentos legais sobre a jurisdição. A expectativa é de que o tribunal decida se o caso pode ser levado adiante por vários meses.




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