No cenário local, investidores seguem digerindo o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada.
Por Redação, com Bloomberg – de São Paulo
O Ibovespa (IBOV) abriu a semana em leve movimento de alta, com liquidez reduzida em dia de feriado nos Estados Unidos. Por lá, as bolsas estão fechadas devido ao Memorial Day. O principal índice da B3 operava em alta de 0,40% às 11h03, aos 137.824 pontos. Já o dólar avançava 0,20%, cotado a R$ 5,66.

No cenário local, investidores seguem digerindo o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada.
Após repercussão negativa, o governo voltou atrás em alguns pontos da medida, desistindo dos planos de tributação das transferências de recursos de brasileiros para fundos offshore e revogando a decisão de aumentar o IOF sobre remessas de pessoas físicas, decidindo mantê-lo em 1,1% em vez da alíquota de 3,5% que havia anunciado.
Lá fora
No exterior, investidores avaliam o recuo de Donald Trump em relação às tarifas impostas à União Europeia. No último domingo, o presidente americano disse que estenderia o prazo até 9 de julho para que a UE enfrentasse tarifas de 50% sobre os produtos exportados aos EUA.
As ações da região sobem nesta segunda-feira, com o índice pan-europeu Stoxx 600 avançando 0,95%.
Por aqui
O destaque entre as ações do Ibovespa ficava mesmo com as ações da Braskem (BRKM5), que saltam 9,93% estendendo o movimento de alta do último pregão quando foi dada a notícia de que o empresário Nelson Tanure havia feito uma oferta para a aquisição da petroquímica.
A companhia confirmou na noite de sexta-feira que a Novonor, sua controladora, recebeu oferta de fundo detido por Tanure com intenção de comprar o controle da empresa. Os papéis já haviam avançado 9,35% no pregão anterior.
Juros altos
No campo financeiro, o Banco Central (BC) ainda tem razões para fazer mais um aumento da taxa de juros na próxima reunião de política monetária em junho, apesar das expectativas de parte do mercado de que o ciclo de aperto tenha se encerrado com a Selic no patamar atual de 14,75% ao ano.
Essa é a visão do economista Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica para a América Latina do Goldman Sachs, que participou de um painel com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, em um evento do banco de Wall Street em São Paulo na semana passada.
As declarações de Galípolo no evento foram interpretadas por operadores como um sinal de que o BC vai interromper os aumentos da Selic. O presidente da autoridade monetária afirmou que os juros devem ficar elevados por muito tempo e que um eventual corte da taxa básica ainda nem faz parte das discussões do Copom.
Em entrevista à agência norte-americana de notícias Bloomberg Línea, Ramos disse que, apesar dos sinais de moderação econômica ressaltados pelo BC, não está claro que estão reunidas as condições para interromper o ciclo de alta da Selic.