O parlamentar minimizou a agenda do grupo liderado pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que conta com oito parlamentares de diferentes partidos, incluindo dois ex-ministros do governo Bolsonaro: Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP).
Por Redação – de Brasília
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem agido como uma pedra no sapato de setores como o agronegócio e a indústria, setores que apoiaram a campanha do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) nas últimas campanhas eleitorais, que tentam evitar uma série de demissões e prejuízos financeiros na casa dos bilhões, nos próximos dias, frente as tarifas impostas pelos EUA. Em nota publicada nesta segunda-feira, nas redes sociais, o filho ’03’ de Jair Bolsonaro (PL) ironizou a missão oficial de senadores brasileiros, em Washington, que tenta dissipar a ameaça.
O parlamentar minimizou a agenda do grupo liderado pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que conta com oito parlamentares de diferentes partidos, incluindo dois ex-ministros do governo Bolsonaro: Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP). O objetivo é conversar com autoridades e empresários norte-americanos para suspender ou adiar o chamado “tarifaço” anunciado pelo presidente Donald Trump, que entra em vigor em 1º de agosto.
‘Boa sorte’
Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro deixa explícita a tentativa de bombardear a iniciativa. “Eles terão agenda com a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Cecília Viotti, aquela que não é recebida nem pela Casa Branca e nem no State Department – ainda mais depois do pity (sic) que deu por lá reclamando da visita de David Gamble Jr. ao Brasil”, escreveu, referindo-se à embaixadora brasileira em Washington.
Na mesma mensagem, ’03′ também ironizou outro compromisso dos senadores: “imprensa noticia também visita à Câmara de Comércio Brasil-EUA, uma entidade privada, não governamental”. E completou, em tom de deboche: “se seguirem assim, em frequentes agendas nos EUA, talvez, daqui a alguns anos, tenham de fato um acesso substancial por lá. (…) Boa sorte!”.
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que também integra a comitiva, admitiu as dificuldades geradas pela ação do filho de Bolsonaro, e prevê que as tarifas entrarão em vigor, na próxima sexta-feira
— O que a gente está fazendo é a diplomacia parlamentar. É preciso que os governos se entendam. A gente está aqui para contribuir — concluiu.