Rio de Janeiro, 15 de Junho de 2025

Depoimento de Tarcísio ao STF frustra seguidores de Bolsonaro

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Sexta, 30 de Maio de 2025 às 20:51, por: CdB

Freitas compareceu como testemunha de defesa no processo que acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa que teria articulado o golpe de Estado fracassado após as eleições de 2022.

Por Redação – de Brasília

O depoimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao Supremo Tribunal Federal (STF), realizado nesta sexta-feira, decepcionou aliados de Jair Bolsonaro (PL). Segundo apurou a colunista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, seguidores do líder neofascista esperavam que o ex-ministro da Infraestrutura fosse mais incisivo, em linha com os ataques que o bolsonarismo costuma dirigir à Corte, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes.

Depoimento de Tarcísio ao STF frustra seguidores de Bolsonaro | O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) prestou depoimento ao STF
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) prestou depoimento ao STF

Freitas compareceu como testemunha de defesa no processo que acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa que teria articulado o golpe de Estado fracassado após as eleições de 2022. Ao contrário do que desejava o núcleo central da ultradireita, o governador paulista optou por um tom moderado e evitou qualquer enfrentamento direto com Moraes.

— Chegar no Supremo e dizer que nunca ouviu o Bolsonaro falar sobre golpe e que nunca participou de reunião golpista é fácil — criticou um aliado do ex-presidente, sob condição de anonimato.

 

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‘Perseguição’

Segundo esse grupo, o que esperavam de Tarcísio era justamente que denunciasse a suposta “perseguição” que Bolsonaro alega sofrer. Para eles, assumir riscos, inclusive uma possível advertência do ministro do STF, seria necessário para sinalizar lealdade e combatividade.

Eles citam como exemplo o depoimento do ex-deputado federal Aldo Rebelo, que, ao tentar interpretar uma frase durante seu depoimento, foi interrompido por Moraes e chegou a dizer que não admitiria “censura”. O ministro então o advertiu, deixando claro que poderia haver implicações legais por desacato.

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