Domingo, 24 de Fevereiro de 2019 às 13:52, por: CdB
A defesa do ex-presidente Lula entregou sua manifestação final no processo, ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, que agora está pronto a colocar o julgamento em pauta.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Preso há quase um ano para ser impedido de disputar eleições presidenciais que venceria com facilidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser julgado em março pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU. Em sua manifestação final, os advogados de Lula apontam a falta de isenção do ex-juiz Sergio Moro – que prendeu Lula para depois ser ministro de seu concorrente na eleição – e a crueldade do Estado brasileiro, que impediu o ex-presidente de ir ao velório do próprio irmão.
Luiz Inácio Lula da Silva terá seu caso apreciado por uma corte internacional
A defesa do ex-presidente Lula entregou sua manifestação final no processo, ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, que agora está pronto a colocar o julgamento em pauta. O processo está pronto para que colegiado inicie sua apreciação, ainda no mês de março. A data exata, no entanto, ainda não foi divulgada.
Mesquinhez
Os advogados do líder petista rebateram as alegações do governo brasileiro ao organismo internacional. O ex-presidente Lula, por meio de sua defesa, afirma que, ao aceitar o convite de Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça, Sergio Moro nega a afirmação do Brasil de que, quando juiz, agiu com isenção.
Ainda segundo os advogados de Lula, o ex-presidente foi tratado com 'cruel mesquinhez' pelo Estado. Eles enumeraram as sentenças que negaram pedidos de saídas temporárias da prisão, como para velar o irmão Vavá no fim de janeiro. Dezoito juízes de diferentes nacionalidades vão julgar o caso.