As equipes de salvamento trabalharam com um sistema de cordas e içamento, tendo em vista que a recuperação do corpo por meio aéreo foi descartada devido às condições meteorológicas do local.
Por Redação, com ANSA – de Lombok, na Indonésia
O corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu após sofrer um acidente no Monte Rinjani, na Indonésia, e permanecer à espera de resgate por quatro dias, foi resgatado na manhã desta quarta-feira.

Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate do país, os restos mortais da jovem de 26 anos foram içados de um penhasco após cerca de 7h de trabalho e levados de maca para uma base. Parte do trajeto foi gravado por um alpinista que ajudou na iniciativa.
As equipes de salvamento trabalharam com um sistema de cordas e içamento, tendo em vista que a recuperação do corpo por meio aéreo foi descartada devido às condições meteorológicas do local.
Juliana foi encontrada morta na última terça-feira depois de cair de uma trilha do segundo maior vulcão na Indonésia. Ao todo, três grupos fizeram parte da operação, incluindo dois do chamado esquadrão Rinjani.
Os trabalhos para recuperar o corpo da brasileira foram iniciados a partir das 12h20 (horário local) porque mais cedo a visibilidade do local estava limitada por causa da neblina e o clima desfavorável. Agora, ela será levada ao posto de Sembalun para depois embarcar em uma aeronave até o hospital Bayangkara.
Juliana tinha 26 anos e era de Niterói, no Rio de Janeiro. Ela decidiu viajar sozinha pela Ásia, passando por Filipinas, Vietnã e Tailândia até chegar à Indonésia, no fim de fevereiro.
Grupo de cinco turistas
No país, ela se juntou a um grupo de cinco turistas, incluindo a italiana Federica Matricardi, e um guia para escalar o Monte Rinjani, com mais de 3 mil metros de altitude.
De acordo com as autoridades locais, Juliana despencou cerca de 300 metros abaixo da trilha, perto do ponto mais alto da montanha. Horas depois, ela foi localizada com a ajuda de um drone, presa em uma fresta de uma pedra, com dificuldade para se movimentar.
A Agência Nacional de Busca e Resgate local (Basarna) chegou a relatar que a demora em iniciar a operação de salvamento ocorreu porque as autoridades só foram informadas sobre o caso após um dos integrantes do grupo descer até um posto, em uma caminhada que levou horas.
O caso mobilizou diversos socorristas ao longo de quatro dias, que enfrentaram dificuldades para fazer o salvamento a tempo.